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Bolsa nacional em queda já perde mais de 6% na semana
A bolsa portuguesa está a recuar pela quarta sessão consecutiva, acumulando uma desvalorização superior em quatro sessões. Esta quinta-feira o PSI-20 desce quase 1% e já tocou em mínimos desde 20 de Outubro.
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A bolsa nacional inverteu da tendência de ganhos da abertura da sessão, estando agora a recuar pela quarta sessão consecutiva.
Com 12 cotadas em queda, cinco em alta e uma sem variação, o PSI-20 desce 0,96% para 4.928,89 pontos. O índice de acções tocou esta sessão em mínimos de 20 de Outubro e está muito perto dos mínimos de 2012 que atingiu a 16 de Outubro nos 4.856,24 pontos.
Nas quatro sessões desta semana o PSI-20 acumula uma queda de 6,25%, que é motivada sobretudo pela desvalorização acentuada da cotação do petróleo e da bolsa da Grécia, devido à instabilidade política no país. No acumulado do ano a bolsa portuguesa perde 25%.
As razões para o dia negativo de hoje nas bolsas são as mesmas. A bolsa grega afunda mais de 7% e o petróleo negoceia perto de mínimos de cinco anos. O crude WTI está muito perto de negociar abaixo dos 60 dólares e o Brent em Londres cede para os 64 dólares.
As bolsas europeias estão em mínimos de três semanas, penalizadas sobretudo pelas produtoras de energia. É o caso da Galp Energia em Lisboa, com a petrolífera portuguesa a cair 1,56% para 8,58 euros, tendo atingido um novo mínimo desde Junho de 2012.
Ainda na energia, a EDP cede 1,35% para 3,291 euros e a REN cai 0,2% para 2,48 euros.
A banca também dá um contributo negativo para a evolução do PSI-20, no dia em que o BCE realizou a segunda ronda de empréstimos baratos, que voltou a ser pouco concorrida.
O Banco Comercial Português desvaloriza 1,63% para 7,86 cêntimos e o Banco BPI cai 2,98% para 1,366 euros.
A impedir uma maior queda no PSI-20 está a Jerónimo Martins, que valoriza 0,33% para 7,936 euros, enquanto a sua congénere do retalho, a Sonae, desvaloriza 1,61% para 1,038 euros.
Nas telecomunicações, a Nos recua 0,46% para 5,027 euros enquanto a PT desliza 1,91% para 1,181 euros. O conselho de administração da PT SGPS tem dúvidas sobre a OPA lançada por Isabel dos Santos, considerando não serem claros os objectivos, nem a cadeia de domínio nem o financiamento. Incertezas a que acrescenta o não ao preço de 1,35 euros por acção, como escreve o Negócios na edição desta quinta-feira.