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Bolsa nacional cai mais de 4% com todas as cotadas a deslizarem mais de 2%
A bolsa nacional mantém a tendência de queda, com o principal índice a deslizar mais de 4%, num dia de descidas generalizadas entre as praças europeias. A situação da Grécia é o mote. Todas as cotadas do principal índice nacional estão a cair mais de 2%. Mota-Engil e BCP afundam mais de 8%.
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O PSI-20 cai 4,30% para 5.584,05 pontos, com as 18 cotadas em queda e todas elas perdem mais de 2%, num movimento generalizado de receio entre os investidores. Das 18 cotadas, há sete que estão a descer mais de 6%.
Entre os restantes mercados bolsistas europeus a tendência é também de queda, ainda que com descidas menores. As quedas entre os principais índices bolsistas europeus variam entre 1,54%, do britânico Footsie, e os 3,59%, do italiano MIBTEL. O principal índice grego está encerrado, tendo sido determinado que só regressa à negociação no dia 7 de Julho, dois dias depois do referendo.
Os investidores estão assim a reflectir na negociação bolsista os receios em torno do futuro de Atenas depois de durante o fim-de-semana ter sido convocado um referendo na Grécia, para que os gregos decidam se aceitam as medidas propostas pelas instituições internacionais. No domingo ao final do dia a Grécia estipulou também que os bancos não abrem na próxima semana, só regressando dia 7 de Julho, dois dias depois do referendo. Além disso foi estabelecido como limites de levantamentos 60 euros por dia.
Estes desenvolvimentos aumentam os receios em torno da entrada em incumprimento por parte da Grécia e a saída do país da Zona Euro. O programa de Atenas termina a 30 de Junho, dia em que terá de reembolsar em cerca de 1,6 mil milhões de euros o FMI. Contudo, depois de na sexta-feira o Eurogrupo ter recusado a extensão do programa, Alexis Tsipras revelou este domingo que voltou a pedir o prolongamento para que Atenas tenha tempo para ouvir os gregos e tomar medidas que se adeqúem ao voto da população.
Na bolsa nacional, a cotada que mais cai é a Mota-Engil, ao perder 9,97% para 2,23 euros. E a que menos perde é a Semapa, ao descer 2,32% para 12,21 euros.
Na banca as quedas também são expressivas, sendo que este é dos sectores mais afectados pela crise. O BCP desliza 8,16% para 7,8 cêntimos, o Banif recua 7,35% para 0,63 cêntimos e o BPI cai 6,00% para 1,034 euros.
Em forte queda está também a Pharol, ao ceder 6,98% para 40,0 cêntimos.
As descidas são assim generalizadas e com dimensões acentuadas, numa altura em que os investidores aguardam por desenvolvimentos em torno da situação grega.
