Notícia
Bolsa grega perde quase 4% após FMI abandonar negociações com Atenas
O mercado grego, e em especial o sector bancário, reagem esta sexta-feira em forte queda à notícia de que o Fundo Monetário Internacional abandonou as negociações técnicas em Atenas. Uma decisão justificada pela falta de progressos.
12 de Junho de 2015 às 10:08
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O índice principal da bolsa grega perde 3,96% para 2.238,01 pontos e acumula, desde o início do ano, uma desvalorização de 9,9%. O índice que reúne os cinco principaís bancos gregos recua 7,68% com todas as suas cotadas a registar quedas superiores a 6% e 7%.
Este é o cenário do mercado bolsista de Atenas um dia após o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter decidido abandonar as negociações técnicas que estava a ter lugar na capital grega por existirem" grandes diferenças" entre as duas partes. Na sessão de quinta-feira a bolsa grega disparou mais de 9%, sendo que a posição do FMI só foi conhecida já depois do fecho da última sessão.
"A bola está muito no campo da Grécia", afirmou o porta-voz do FMI, Gerry Rice, numa conferência de imprensa, em Washington, citado pela Bloomberg. "Existem grandes diferenças entre nós na maioria das áreas-chave. Não houve qualquer progresso na redução dessas diferenças, recentemente". E nem o facto de o porta-voz do governo grego ter vindo, mais tarde, afirmar que a equipa negocial "está pronta" a intensificar os esforços no sentido de chegar a um acordo está a diminuir o nervosismo dos investidores.
De facto, a pressão, por parte dos parceiros europeus, para que seja alcançado um acordo tem aumentado nos últimos dias. O presidente do Conselho Europeu, por exemplo, que ontem esteve reunido com Alexis Tsipras na Cimeira União Europeia/América Latina, acusou a Grécia de brincar com o seu futuro na Zona Euro. Donald Tusk pediu concessões e deixou um aviso: "O dia está a chegar, e receio que alguém diga que o jogo terminou".
Numa entrevista concedida ao jornal finlandês Helsingin Sanomat, Jeroen Dijsselbloem repetiu uma ideia muito vinculada nos últimos dias por vários responsáveis europeus: "A bola está do lado da Grécia". "Se o governo grego não consegue aceitar o facto de que não há soluções fáceis e que as decisões difíceis têm que ser tomadas, então está sozinho. Não podemos ajudar a Grécia, se a Grécia não se quer ajudar a si própria", afirmou o presidente do Eurogrupo, acrescentando, porém, que talvez seja possível alcançar um acordo político nos próximos dias.
Este é o cenário do mercado bolsista de Atenas um dia após o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter decidido abandonar as negociações técnicas que estava a ter lugar na capital grega por existirem" grandes diferenças" entre as duas partes. Na sessão de quinta-feira a bolsa grega disparou mais de 9%, sendo que a posição do FMI só foi conhecida já depois do fecho da última sessão.
De facto, a pressão, por parte dos parceiros europeus, para que seja alcançado um acordo tem aumentado nos últimos dias. O presidente do Conselho Europeu, por exemplo, que ontem esteve reunido com Alexis Tsipras na Cimeira União Europeia/América Latina, acusou a Grécia de brincar com o seu futuro na Zona Euro. Donald Tusk pediu concessões e deixou um aviso: "O dia está a chegar, e receio que alguém diga que o jogo terminou".
Numa entrevista concedida ao jornal finlandês Helsingin Sanomat, Jeroen Dijsselbloem repetiu uma ideia muito vinculada nos últimos dias por vários responsáveis europeus: "A bola está do lado da Grécia". "Se o governo grego não consegue aceitar o facto de que não há soluções fáceis e que as decisões difíceis têm que ser tomadas, então está sozinho. Não podemos ajudar a Grécia, se a Grécia não se quer ajudar a si própria", afirmou o presidente do Eurogrupo, acrescentando, porém, que talvez seja possível alcançar um acordo político nos próximos dias.