A bolsa nacional abriu em queda, em linha com as principais praças europeias, que estão a anular os ganhos conseguidos na última sessão.

O PSI-20 desce 0,88% para 4.564,82 pontos, com 15 cotadas em baixa e três sem variação.

O Deutsche Bank continua no centro das preocupações dos investidores. Depois de duas sessões de aparente acalmia, o "stress" com o maior banco europeu regressou ontem ao final do dia, devido a uma notícia da Bloomberg, que colocou os índices de acções em Wall Street no vermelho.

De acordo com a agência de notícias norte-americana, inúmeros fundos que recorrem ao Deutsche Bank para fazer a negociação de contratos derivados, usando-o como contraparte na garantia das transacções, estão a retirar as suas operações e o dinheiro que têm alocado no banco alemão.

Esta notícia levou os índices em Wall Street a fechar com perdas em torno de 1% e as bolsas asiáticas a registarem hoje quedas com dimensão semelhante.

Na Europa os índices marcam perdas superiores a 1%, com o sector financeiro à frente nas perdas. O Deutsche Bank desvaloriza mais de 8% e já negoceia em novos mínimos históricos.

Em Lisboa o sector financeiro também está em terreno negativo, com as acções do Banco Comercial Português a desvalorizarem 1,31% para 0,0151 euros e o BPI a ceder 0,09% para 1,128 euros.

Ainda a penalizar o PSI-20 a EDP cai 1,21% para 2,951 euros. A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, afirmou que uma das suas prioridades no Orçamento do Estado para 2017 (OE2017) é travar o "aumento brutal" anual da factura da luz e combater o privilégio das "eléctricas".

A Galp Energia desvaloriza 1,6% para 11,995 euros numa sessão em que o petróleo recua mais de 1% em Londres, para 48,61 dólares.

OS CTT também pressionam o PSI-20, com uma queda de 1,1% para 5,924 euros. A Jerónimo Martins desvaloriza 0,78% para 15,245 euros.