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Bolsa da China regista a maior queda desde 2007

As acções chinesas continuam a registar um desempenho negativo, tendo mesmo registado a maior queda desde 2007 esta segunda-feira. Os receios em torno de uma travagem brusca da segunda maior economia do mundo justificam o comportamento, que está a arrastar outros mercados.

Bloomberg
24 de Agosto de 2015 às 07:37
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O índice Shangai Composite cai 7,25% para 3.253,275 pontos, tendo chegado a perder 9%, o que corresponde à queda mais acentuada desde 2007, de acordo com a Bloomberg.

 

A contribuir para esta queda acentuada do mercado chinês estão os receios crescentes de que o produto interno bruto (PIB) da China está a abrandar o seu ritmo de crescimento, com os dados económicos a apontarem para uma deterioração da economia. Este factor tem contrariado as políticas que têm sido introduzidas pelo Governo chinês de incentivo à economia e aos mercados bolsistas.

 

Ainda este fim-de-semana o Governo chinês anunciou que vai permitir que os fundos de pensões invistam em acções pela primeira vez. O que, pelo desempenho do principal índice esta segunda-feira, 24 de Agosto, não está a produzir os efeitos desejados.

 

E não é apenas o Shangai Composite que está a registar quedas avultadas. O índice Hang Seng desce mais de 5%. No Japão, os índices deslizam mais de 4,5%.

 

"Isto é realmente um desastre e parece que nada consegue parar" estas quedas, afirmou à Bloomberg Che Gang, da Heqitongyi Asset Management, que adiantou que está a reduzir a exposição à China, adiantando que se não o fizer corre o risco dos fundos de investimentos terem de ser encerrados devido às perdas avultadas. O responsável diz que este cenário já afectou vários fundos e deixa um desejo: "Espero que consigamos sobreviver."

 

Os analistas consultados pela Bloomberg consideram que os indicadores económicos que têm sido divulgados e que apontam para uma travagem no ritmo de crescimento da economia estão a deixar o Governo chinês a lutar uma batalha perdida. E está a ser alvo de críticas: As políticas deviam "focar-se na ajuda à economia real em vez de aos mercados bolsistas", afirmou Daniel So, estratega da CMB International Securities.

 

O crescimento da China terá sido de 6,6% em Julho, o que corresponde a um abrandamento face aos 7,4% registados antes, de acordo com a compilação de dados da Bloomberg. A produção industrial da China aumentou 6% em Julho, o que compara com o aumento de 9% há um ano. As vendas a retalho cresceram perto do ritmo mais lento desde 2006 e as exportações caíram 8,3% em Julho.

 

São estes os indicadores que estão a elevar as preocupações dos investidores, o que tem vindo a derrubaras as bolsas o índice Shangai Composite perdeu, só na semana passada, 12%. E tem arrastado o resto das bolsas a nível mundial. EUA, Europa e o resto da Ásia estão a ser fortemente influenciadas por estes receios. As bolsas dos EUA e da Europa só na sexta-feira registaram as quedas mais pronunciadas desde 2011.

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