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Euro acima dos 1,15 dólares pela primeira vez desde Fevereiro

A moeda única está a acentuar a tendência de ganhos das últimas semanas, beneficiando da perspectiva de que com os mercados accionistas em forte turbulência devido aos receios de abrandamento da China a Fed adie a subida de juros dos EUA.

24 de Agosto de 2015 às 09:31
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O euro superou a fasquia dos 1,15 dólares. Avança mais de 1%, para níveis em que não tocava desde Fevereiro, com os investidores a anteciparem que a Reserva Federal  adie a subida da taxa de referência dos EUA. Uma perspectiva suportada na forte turbulência que se faz sentir nos mercados devido à China.

A divisa europeia segue a ganhar 0,88% para 1,1486 dólares, isto depois de ter valorizado um máximo de 1% durante esta primeira sessão da semana até aos 1,15 dólares. Acentuou assim a tendência de ganhos da semana passada, período em que ganhou 2,49%, atingindo o valor mais elevado da moeda única desde 3 de Fevereiro.


A moeda única está a valorizar perante a redução da especulação em torno de um aumento da taxa de referência na maior economia do mundo, o que levaria a uma maior divergência na política monetária entre os EUA e a Zona Euro. Nos EUA, a Fed já terminou as compras de activos, preparando-se para a subida da taxa, já o BCE tem em marcha um programa que só termina em Setembro de 2016.

Contudo, com a forte turbulência que se tem feito sentir nos mercados, a expectativa é de que Janet Yellen, a presidente da Fed, adie a decisão de aumentar a taxa de referência. Os maus indicadores da economia chinesa têm levado os mercados accionistas a afundarem, com os investidores receosos quanto ao impacto que esta poderá ter no ritmo da economia mundial.


A China está a levar a uma fuga de investidores dos activos de risco, principalmente das economias emergentes. Esta fuga está também a puxar pelo euro, bem como pelo iene japonês. "O iene e o euro estão a beneficiar ambos da aversão ao risco relativamente aos emergentes provocada pela China, mas também pela quebra nas expectativas em relação à Fed", diz Mansoor Moki-uddin, estratego do RBC Capital Markets, à Bloomberg.

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