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BES afunda mais de 10% com mercado à espera de prejuízos históricos

As acções do BES fecharam em queda pela quarta sessão consecutiva, período durante o qual recuaram 29%. Os investidores pressionaram as acções para mínimos históricos no dia em que o banco vai anunciar os resultados do primeiro semestre.

Sofia A. Henriques/Negócios
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As acções do Banco Espírito Santo fecharam a cair 10,57% para 34,7 cêntimos, tendo ao longo da sessão atingido uma queda máxima de 11,6% para 34,3 cêntimos, cotação que representa um novo mínimo histórico para o banco agora liderado por Vítor Bento.

 

A evolução negativa surge num dia em que o banco vai divulgar os resultados do primeiro semestre, sendo que a imprensa tem avançado que serão anunciados prejuízos históricos. O Expresso Diário noticiou, recentemente, que os prejuízos do banco podem chegar aos 3 mil milhões de euros, devido a uma exposição do banco ao Grupo Espírito Santo que é superior à antes avançada.

 

Com base nesta estimativa, o Citi cortou o preço-alvo do BES em 10,8% para 58 cêntimos. Este banco de investimento considera que um aumento de capital que ajude a limpar o balanço "deve restaurar a confiança no BES", apesar da "incerteza" em relação a Angola.

 

Esta queda atirou o valor de mercado do banco para 1.952 milhões de euros, abaixo da fasquia dos 2 mil milhões de euros. O banco liderado por Vítor Bento é agora a 10ª cotada mais valiosa da bolsa, atrás de cotadas como o BPI, Nos e Sonae SGPS.

 

A liquidez voltou a ser bastante elevada, pois trocaram de mãos 162 milhões de acções, quando a média diária dos últimos seis meses é 35,1 milhões.

 

Os títulos do banco negoceiam em terreno negativo há quatro sessões consecutivas e acumulam, neste período, uma desvalorização superior a 28%. Desde o início do ano, a cotada já caiu 62,3%.

 

Já ontem as acções tinham perdido mais de 10%, depois dos accionistas do banco terem desconvocado a assembleia-geral que estava agendada para quinta-feira. Na reunião iriam ser ratificados os novos administradores do banco (Vítor Bento, Moreira Rato e José Honório) e estava prevista a criação do Conselho Estratégico, que assim fica sem efeito.

 

O Negócios noticia hoje que a administração do BES deverá avançar nas próximas semanas com a convocatória de uma nova assembleia-geral extraordinária com o objectivo não só de ratificar a entrada dos novos gestores, mas também de aprovar o processo de capitalização de que o banco vai necessitar para fazer face às perdas decorrentes da exposição ao Grupo Espírito Santo (GES).

 

Avança também que o BES financiou a actividade corrente de vários grupos empresariais na condição de estes contraírem outros créditos para aplicarem em dívida e acções do GES, sendo que em causa estarão algumas centenas de milhões.

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