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BCP ficou a 0,01 cêntimos de tocar mínimos de três anos e meio

Na quarta sessão consecutiva a perder valor, o BCP negociou nos 0,0309 euros, apenas 0,01 cêntimos acima do valor atingido a 24 de Fevereiro e que representa o valor mais baixo desde Setembro de 2012.

07 de Abril de 2016 às 17:34
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Esta quinta-feira, 7 de Abril, o BCP manteve a tendência de queda registada nas três sessões anteriores, elevando para 12,6% o volume de perdas acumuladas nos quatro dias que leva a actual semana.

 

O valor de cada título perdeu 4,86% na praça nacional para os 0,0313 euros, numa sessão em que o banco liderado por Nuno Amado chegou a negociar nos 0,0309 euros, somente 0,01 cêntimos acima do valor atingido a 24 de Fevereiro e que representa o valor mais baixo atingido pela instituição desde Setembro de 2012.

 

Aquela sessão de Fevereiro tinha sido marcada pelo anúncio do BCP de que a proposta dirigida a investidores institucionais, feita uma semana antes para recomprar dívida até 300 milhões de euros, se ficou por um valor de 85 milhões de euros, apenas 28% do inicialmente proposto.

 

Não tem sido um ano fácil para o maior banco nacional comercial privado, que desde o início de 2016 já perdeu cerca de um terço do seu valor em bolsa. Esta performance do banco está a ser aproveitada por fundos internacionais, sendo que há mais de 5% do capital do banco que está a ser utilizado para ganhar com as quedas registadas pelo BCP.

 

Por outro lado, a situação no mercado angolano não se afigura favorável, especialmente depois de esta quarta-feira o Fundo Monetário Internacional (FMI) ter informado que recebeu um pedido de ajuda externa das autoridades de Angola. O banco liderado por Nuno Amado tem na estatal petrolífera angolana um dos seus accionistas de referência. Há ainda que ter em conta a situação na Polónia, onde o BCP detém o Millennium Bank, que será penalizado no exercício de 2016 pela conversão dos créditos à habitação de francos suíços para zlotys.

 

Ao contrário do que sucedeu com o BPI, o BCP não recebeu nenhuma imposição por parte do Banco Central Europeu (BCE) para reduzir a exposição ao mercado angolano, mas o banco de Nuno Amado já prosseguiu medidas com o objectivo de reduzir o risco representado por Angola. O BCP está num processo de fusão com o Banco Privado Atlântico (conhecido como Atlântico), uma operação que aguarda ainda a autorização do banco central angolano.

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