O PSI-20 encerrou a sessão desta quinta-feira, 7 de Abril, a recuar 1,79% para 4.761,77 pontos, com 15 cotadas a negociar em queda, duas em alta e uma inalterada. Num dia em que os juros associados às obrigações de dívida portuguesa negociaram em alta pelo quarto dia seguido, a praça lisboeta seguiu a tendência registada na generalidade das principais praças do Velho Continente, numa sessão em que as fabricantes de automóveis e os sectores financeiro e energético penalizaram.

No ramo automóvel a Fiat Chrysler liderou as perdas já depois de a fabricante ter anunciado o despedimento de 1.300 funcionários na unidade norte-americana de Michigan.

No plano nacional, o BCP foi a cotada que mais pressionou, com o banco liderado por Nuno Amado a desvalorizar 4,86% para 0,0313 euros, depois de ter caído acima de 4% na última sessão e mais de 3% na terça-feira. Tendo perdido cerca de um terço do seu valor desde o início de 2016, o BCP está novamente na mira de fundos internacionais havendo já mais de 5% do capital do banco a ser utilizado para alcançar ganhos com as quedas bolsistas da instituição. 

Ainda na banca, o BPI caiu 0,95% para 1,153 euros, isto num momento em que se aproxima do fim o prazo dado pela Comissão Europeia para que o banco liderado por Fernando Ulrich resolva o problema relacionado com a excessiva exposição ao mercado angolano. Ainda assim, os analistas acreditam que o banco resolverá a situação em tempo útil.

O pedido de ajuda externa ontem noticiado feito por Angola ao Fundo Monetário Internacional (FMI) está também a pressionar a banca nacional. Também o BCP tem como accionista de referência a estatal petrolífera angolana Sonangol. Outra cotada com uma importante presença no mercado angolano é a Mota-Engil que na sessão desta quinta-feira cedeu 3,60% para 1,687 euros.

Também a penalizar a bolsa lisboeta esteve a Jerónimo Martins que cedeu 2,24% para 14,39 euros, isto no dia em que o Haitong revelou acreditar que a retalhista poderá atingir o "breakeven" (ponto de equilíbrio) na Colômbia ao nível do EBITDA no país entre 2018 e 2019.

Ainda neste sector, a Sonae deslizou 1,52% para 0,975 euros.

O dia teve um saldo negativo também para o sector energético, com a Galp Energia a desvalorizar 2,07% para 10,40 euros, tendo a petrolífera acompanhado a queda do preço do petróleo nos mercados internacionais, numa altura em que o Brent, transaccionado em Londres e utilizado como valor de referência para as importações nacionais, segue a descer 2,59% para 38,81 dólares por barril.

Continuando na energia, a EDP perdeu 0,99% para 2,913 euros e a EDP Renováveis cedeu 0,85% para 6,38 euros.

Ainda a cair esteve o sector das telecomunicações, com a Nos a cair ligeiros 0,03% para 5,836 euros já depois de hoje o Haitong ter elevado o preço-alvo da operadora para 7,90 euros. Já a Pharol deslizou 0,76% para 0,131 euros, numa sessão em que a cotada estabeleceu um novo mínimo histórico ao tocar nos 0,128 euros.

Por fim, nota ainda para os CTT que cederam 2,45% para 7,798 euros.

(Notícia actualizada às 16:55)