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Acções do BES voltam a afundar e elevam para 48% a queda em dois dias

O BES revelou a dimensão das perdas do primeiro semestre, admitiu que precisa de aumentar o capital, mas não em que montante nem de que forma, o que está a assustar os investidores. Ontem afundaram mais de 42%, na pior sessão de sempre, esta sexta-feira as acções voltam a deslizar 10% elevando para mais de 48% a perda em dois dias.

01 de Agosto de 2014 às 13:07
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Os títulos do BES caem 10,45% para 18,0 cêntimos. Com a descida desta sexta-feira, as acções do banco liderado por Vítor Bento acumulam assim uma desvalorização de 48,13% em dois dias, o que corresponde a menos 939 milhões de euros em termos de capitalização bolsista. Desde o início do ano, as acções do BES acumulam uma perda superior a 80%.

 

A justificar este comportamento estão os resultados revelados na quarta-feira, 30 de Julho, à noite. O BES reportou prejuízos históricos de 3,57 mil milhões de euros, depois de ter registado imparidades no valor total de 4,3 mil milhões de euros.

 

Vítor Bento, na mensagem divulgada através de um comunicado, admitiu que o banco precisa de aumentar o capital e vender activos, mas não quantificou a dimensão do aumento de capital.

 

O Banco de Portugal reiterou que se o banco precisar tem à sua disposição a linha de recapitalização da banca, mas "considera desejável" que a instituição reforce o seu capital sem recurso ao Estado.

 

Por saber está a dimensão do aumento de capital que o BES terá de fazer e de que forma vai conseguir fazê-lo. Os analistas estimam que o reforço de capitais possa chegar aos quatro mil milhões de euros.

 

O Negócios noticia esta sexta-feira, 1 de Agosto, que a equipa de Vítor Bento está a fazer tudo para evitar o apoio público. Mas a solução que está a ser trabalhada no Banco de Portugal, com conhecimento do Governo, prevê a participação de fundos públicos. Alguns interessados apoiam a solução mista.

 

Além disso, o Negócios sabe que, além do aumento de capital, exclusivamente através do mercado ou resultante da conjugação de fundos públicos e privados, existe um plano B para lidar com os problemas do BES. Esta alternativa, com menor grau de viabilidade, prevê a utilização do Fundo de Resolução para financiar a reestruturação do banco imposta pelo Banco de Portugal.

 

Na última quinta-feira, as acções do BES chegaram a afundar 51,01% para 17 cêntimos, uma cotação nunca antes vista, precisamente a reflectir os números apresentados e os receios que se criaram a partir destes. E terminaram o dia a perder 42,07%, uma variação nunca observada desde que as acções negoceiam em bolsa (1993).

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