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Abertura dos mercados: Depois do BCE, investidores de olhos postos no desemprego nos EUA

Depois de ontem, Mario Draghi ter tentado acalmar os receios em relação ao programa de compra de dívida, os investidores vão estar atentos esta sexta-feira aos dados relativos ao desemprego nos Estados Unidos.

Bloomberg
06 de Março de 2015 às 07:57
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A divulgação da taxa de desemprego nos Estados Unidos da América (EUA), a maior economia do mundo, deverá marcar o dia nos mercados. A estimativa dos analistas aponta para que a taxa de desemprego tenha-se fixado nos 5,6% em Fevereiro, ligeiramente abaixo dos 5,7% registados em Janeiro.

 

A expectativa dos investidores em relação à taxa de desemprego nos EUA animou as praças asiáticas. O MSCI Ásia Pacífico soma 0,7%. E as praças japonesas encerram no verde. O Nikkei avançou 1,17% e o Topix cresceu 1,12%.

 

Ainda em relação à economia norte-americana, os investidores vão estar atentos à divulgação do défice da balança comercial, em Janeiro. As estimativas apontam que o défice seja de 41,5 mil milhões de dólares, o que contrasta com os 46,6 mil milhões de dólares verificados no mês anterior.

 

Esta sexta-feira, 6 de Março, os investidores estão ainda a digerir as palavras de Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), após o encontro desta quinta-feira, 5 de Março, dos governadores da autoridade monetária. O BCE vai começar a comprar dívida pública esta segunda-feira, dia 9 de Março. O banco central está preparado para comprar até 60 mil milhões de euros de dívida por mês.

 

O Negócios escreve esta sexta-feira que as compras de dívida ainda nem começaram e o impacto das mesmas já se faz sentir. O BCE está optimista quanto à evolução da economia da Zona Euro e à eficácia do seu programa de compra de dívida pública. Mas dada a apreensão dos mercados sobre os riscos do programa, nomeadamente a dificuldade de conseguir encontrar dívida disponível e os impactos que tal pode ter em termos de taxas de juro, Mario Draghi, avançou também alguns argumentos e concretizou detalhes que tornam mais flexível a operacionalização das compras.  

 

O BCE revelou ainda ontem que as novas previsões do departamento técnico para a economia da Zona Euro, antecipando que a região cresça este ano um pouco mais que o esperado antes. "As projecções de crescimento real do PIB em 2015 e 2016 foram revistas em alta [de 1% para 1,5%, e de 1,5% para 1,9%, respectivamente] ", revela o BCE.

 

No mercado cambial, o euro perde terreno face ao dólar. A divisa europeia recua 0,11% para 1,1018 dólares. Isto depois de ontem ter recuado para um mínimo de 11 anos, ao tocar nos 1,0988 dólares.

 

Já os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate soma 0,22% para 50,87 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, avança 0,53% para 60,80 dólares por barril.

 

A marcar o dia nos mercados estará ainda a divulgação, por parte do Eurostat, dos valores produto interno bruto dos países da Zona Euro.

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