As estimativas dos economistas do Banco Central Europeu (BCE) apontam para que a Zona Euro cresça neste ano mais que o antes esperado. Já a inflação de 2015 foi revista em baixa devido ao impacto do preço do petróleo, mas o valor de 2016 foi revisto em alta, reflectindo os efeitos esperados das medidas de estímulo monetário do BCE, disse nesta quinta-feira, 5 de Março, Mário Draghi. Para 2017, o BCE espera uma inflação de 1,8%, próxima da meta de inflação abaixo, mas próximo de 2%, acrescentou o presidente da autoridade monetária da Zona Euro.

Os valores apresentados pelo presidente do BCE na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro dos governadores que, este mês, ocorreu em Nicosia, capital de Chipre, apontam para um crescimento na Zona Euro de 1,5% este ano, 1,9% em 2016 e 2,1% em 2017.

Comparando com as previsões de Dezembro, "as projecções de crescimento real do PIB em 2015 e 2016 foram revistas sem alta [de 1% para 1,5%, e de 1,5% para 1,9%, respectivamente], reflectindo o impacto favorável dos preços do petróleo, a taxas de câmbio mais baixa e o impacto das medidas recentes de política monetária", afirmou o presidente do BCE.

Do lado dos preços, os economistas do banco central reviram em baixa a previsão de inflação para este ano de 0,7% para 0%, devido à queda dos preços do petróleo, mas aumentaram a previsão para 2016 de 1,3% para 1,5%. E para 2017 apontam já para 1,8%, próximo da meta de inflação no médio prazo "abaixo, mas próxima de 2%".

"Em comparação com as previsões macroeconómicas de Dezembro do staff do Eurosistema, a projecção de inflação para 2015 foi revista em baixa, reflectindo principalmente a queda nos preços do petróleo. Em contraste, a projecção de inflação para 2016 foi revista ligeiramente em alta, também reflectindo o impacto nas nossas medidas recentes de política monetária", afirmou o presidente do BCE.