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Bruxelas sobe previsão para crescimento da economia portuguesa
A Comissão Europeia melhorou a projecção para o crescimento da economia portuguesa para 2015. Bruxelas também reviu a estimativa para o défice português, ainda que continue a apontar para valores mais elevados que o Governo.
A Comissão Europeia, nas previsões de Inverno, reviu em alta a estimativa para o crescimento da economia portuguesa em 2015. Estima, agora, um crescimento do PIB de 1,6%, contra os anteriores 1,3%.
Já em relação ao défice, Bruxelas continua a projectar um valor acima do do Governo português, ainda que tenha revisto em baixa. Agora estima um défice para 2015 de 3,2%, quando nas anteriores previsões a estimativa apontava para 3,3%. Ainda assim, Bruxelas continua a antecipar um défice acima dos 3%, meta que permite a Portugal sair do procedimento por défices excessivos. O primeiro-ministro Passos Coelho tem reafirmado que retirar Portugal destes défices excessivos é "ponto de honra".
Para o ano que terminou, Bruxelas reviu também em baixa o valor estimado para o défice de 4,9% para 4,6%, falando de uma "sólida" cobrança de impostos e efectiva restrições nas despesas.
Nas previsões apresentadas esta quinta-feira, 5 de Fevereiro, Bruxelas baixa, ainda, a estimativa para a taxa de desemprego para 2015, igualando as projecções do Governo.
Face às anteriores projecções, a Comissão Europeia reviu, em baixa, a estimativa para a dívida pública e melhorou as estimativas do saldo externo.
A Comissão Europeia realça o crescimento no consumo interno e no investimento em Portugal que têm contribuído para o crescimento da economia. "A melhoria esperada para o emprego, o crescimento no rendimento disponível e as menores pressões inflacionistas devem manter o consumo privado num ritmo de crescimento robusto de 1,8% em 2015 e 1,5% em 2016", refere Bruxelas.
Já no lado do investimento, o reforço poderá ser marginal, passando de 2,4% em 2014 para 3,1% em 2016.
As exportações deverão acelerar, no período em análise, já que a procura externa aumentará, ainda que o consumo interno também leve a um aumento das importações. Como resultado, as exportações líquidas deverão ter um contributo positivo, ainda que ligeiro, em 2015 e 2016.
O que leva a Comissão Europeia a antecipar um aumento do PIB de 1,6% para 2015 e de 1,7% em 2016. O que Bruxelas assinala como sendo uma "recuperação modesta".
(Notícia actualizada às 10h30 com mais informações)