Foi um ano que "superou todas as expectativas" do grupo Vila Galé. A cadeia hoteleira fechou 2015 com um crescimento de 18% nas receitas da operação portuguesa, colocando-as nos 81,7 milhões de euros. A empresa previa crescimentos para o último ano na ordem dos 7-8%.

A impulsionar estes resultados estão os hotéis inaugurados em 2015 em Évora e no Douro. Segundo o administrador Gonçalo Rebelo de Almeida, o crescimento foi "generalizado em todos os hotéis". Nos 20 hotéis existentes em território nacional, 70% da ocupação foi internacional.

Apesar da instabilidade política, a operação no Brasil também registou um incremento de 10% nas receitas, para os 247 milhões de reais (cerca de 57 milhões de euros). "O mercado interno brasileiro continua a funcionar", justifica o gestor.

A expectativa de Gonçalo Rebelo de Almeida é de que 2016 siga a tendência, embora "não se perspectivem grandes crescimentos". "O ritmo de reservas está acima do ano passado", exemplificou num encontro com jornalistas esta quarta-feira, 6 de Janeiro.

Novos projectos estão já em marcha. O grupo Vila Galé tem prevista a abertura de dois novos hotéis, no Porto e no Brasil, com perspectivas de abertura para 2017. Em marcha está ainda um plano de renovação de nove dos 20 hotéis nacionais, um investimento que não está fechado mas que deverá ultrapassar os sete milhões de euros.

A expansão em território nacional continua a ser uma prioridade, sobretudo na região centro. Por agora, a cadeia hoteleira está a analisar dois novos projectos no norte do país e em Sintra. O último será dedicado ao turismo de saúde e avançará com um parceiro.

O Brasil é a prioridade na expansão internacional, mas há outras geografias em mente. Cuba, Cabo Verde, Moçambique e Espanha estão no radar do grupo hoteleiro português, embora não haja ainda projectos fechados.