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Vila Galé aumentam receitas em 15% na operação portuguesa
O segundo maior grupo hoteleiro português tem em carteira seis novos projectos, todos com abertura prevista em 2018. Portugal é o foco de investimento de Jorge Rebelo de Almeida.
Os hotéis Vila Galé, o segundo maior grupo hoteleiro português, fecharam o ano de 2016 com uma subida de 15% nas suas receitas, para os 93,6 milhões de euros.
Com 20 unidades em Portugal, o grupo viu a sua ocupação crescer 6%, fixando-se em média nos 63%. Deste modo, as suas receitas sobem a um ritmo superior à ocupação, comprovando um crescimento assente no preço.
Alemanha e Inglaterra são os principais mercados externos a marcar presença nos hotéis portugueses, onde um em cada três hóspedes é nacional.
Há ainda a considerar os sete hotéis no Brasil, onde as receitas cresceram 6% para os 260 milhões de reais (77 milhões e euros). Aqui, o mercado brasileiro tem um peso de 90%.
A rede Vila Galé conseguiu assim registar receitas totais de 170 milhões de euros, num ano que o seu presidente Jorge Rebelo de Almeida classifica como "simpático".
O grupo hoteleiro tem em carteira cinco novas unidades em Portugal: Elvas, Sintra, Manteigas, Braga e Porto – todas com abertura prevista em 2018.
Nesse ano, mas no Brasil, está também prevista a inauguração do novo "resort" em Touros, Rio Grande do Norte com 500 quartos, e a ampliação do Vila Galé Cumbuco.
Em Elvas, onde as fortificações militares portugueses servirão de tema ao hotel que nasce no antigo Convento de São Paulo, o grupo de Jorge Rebelo de Almeida dá arranque ao programa Revive. O mesmo foi lançado pelo Governo e tem como meta ceder imóveis do Estado a privados para a sua exploração económica.
"Pôr os privados a recuperar edifícios históricos é louvável. Mas é necessário que o Governo faça um trabalho de fundo para conquistar investidores", avisou o empresário esta terça-feira, 24 de Janeiro, num almoço com jornalistas.
No âmbito do programa Revive, Jorge Rebelo de Almeida admite ainda candidatar-se à exploração da Coudelaria de Alter do Chão.
O líder dos Vila Galé defende que "o turismo precisa da cultura" para que Portugal encontre a sua marca diferenciadora. "A nossa marca turística, para a valorizarmos, tem de estar muito associada à cultura", reforçou.