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Só hotelaria de Lisboa e Madeira rende mais do que a média nacional

O número de hóspedes aumentou em Novembro acima da média, mas o retorno, embora tenha crescido, ficou aquém daquilo que tem sido conseguido desde Janeiro.

O turismo renova recordes, com o efeito da procura a começar a ter impacto no quotidiano dos locais, sobretudo em Lisboa. A pressão no imobiliário levou a um novo debate sobre limites ao alojamento local. As decisões judiciais (contrárias) têm-se sucedido, mas esperam-se ainda novas regras.
15 de Janeiro de 2018 às 11:42
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A área metropolitana de Lisboa e a Região Autónoma da Madeira são as únicas regiões portuguesas em que o retorno é mais elevado do que a média nacional. 

 

O retorno hoteleiro, medido através do rendimento médio por quarto disponível (RevPAR), foi de 32,6 euros por noite em Novembro passado. O número representa um aumento de 15% face ao mesmo mês do ano anterior, que se fixara em 28,4 euros, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

 

Apesar desta subida homóloga, o rendimento médio desacelerou já que, em Outubro, tinha crescido 20,4%. Aliás, o avanço em Novembro é ligeiramente inferior ao rendimento médio registado desde Janeiro até àquele mês: crescimento de 16,1%.

 

Olhando especificamente para Novembro, o peso dos retornos é diferente nas várias regiões. Na área metropolitana de Lisboa, o retorno é quase o dobro da média. Cada quarto disponível gerou 62,1 euros, em termos médios, no 11º mês de 2017, mais dez euros que um ano antes.

 

O rendimento médio por quarto disponível na região da Madeira foi de 41,2 euros por noite, acima dos 37,3 euros homólogos.

 

Todas as outras regiões apresentam, segundo o INE, valores abaixo da média nacional. O Algarve, com 16,7 euros por noite, é o que verifica o rendimento mais baixo, sendo que o Alentejo registou um crescimento de 14,8 para 18,5 euros por noite. O Norte, com 30,2 euros por noite, aproxima-se do RevPAR médio.

 

Em relação a outros indicadores divulgados pelo INE, o número de hóspedes cresceu 10,2% em Novembro, face ao mesmo mês do ano passado, impulsionado pelos turistas estrangeiros, acima da média entre Janeiro e Novembro, que é de 8,7%.

 

A estada média continua a ser um indicador em contracção: recuou 1,3% em Novembro, na variação homóloga, para 2,53 noites, com um crescimento de 3,5% dos turistas nacionais e com uma quebra de 4,6% dos estrangeiros. Conforme já noticiado pelo Negócios, a estada média é a rubrica que mais preocupa a hotelaria nas suas perspectivas para 2018.

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