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Britânicos estão a vir menos a Portugal e a culpa é dos aviões
O Reino Unido continua a ser um dos maiores mercados de onde vêm mais turistas. Contudo, verificou-se um recuo em Novembro, depois de já se ter sentido em Outubro. O INE menciona o cancelamento de ligações aéreas.
Os cidadãos britânicos estão a viajar menos para Portugal. Pese embora seja um dos maiores mercados de origem de turistas, o Reino Unido tem perdido peso. O Instituto Nacional de Estatística (INE) acredita que a evolução está relacionada com a diminuição do número de serviço prestado pelas companhias aéreas.
O número de dormidas de turistas vindos do mercado britânico cedeu 7,7% em Novembro face ao mesmo mês do ano passado, depois de ter já recuado 5,4% em Outubro. Ainda assim, no acumulado do ano, verificou-se um crescimento de 1,5%, avança o INE.
"Estes resultados, à semelhança do mês anterior, poderão estar influenciados pelo cancelamento de alguns serviços de transporte aéreo, nomeadamente entre o Reino Unido e os aeroportos de Faro e Funchal", concretiza o INE no destaque relativo à evolução do turismo em Portugal, divulgado esta segunda-feira, 15 de Janeiro.
Foi no arranque de Outubro que a companhia aérea britânica Monarch entrou em insolvência, que tinha operações relevantes nas ligações para Faro e para Funchal. Além disso, a Ryanair também cortou diversos voos, em que a conexão com aeroportos nacionais se fez sentir..
Ainda assim, os turistas britânicos têm uma quota de 16,3%, em linha com a apresentada pelos alemães. Ambos foram, em Novembro, os mais representativos.
"Entre os principais países, destacaram-se os crescimentos apresentados em Novembro pelo mercado polaco (46,9%), norte-americano (37,1%) e italiano (26,6%)", aponta o INE. Na totalidade do ano, o Brasil marca o crescimento mais forte (37,4%), seguido dos EUA (33,6%) e Polónia (29,6%).
Olhando para os indicadores do turismo divulgados esta segunda-feira, o número de hóspedes aumentou em Novembro acima da média.
Em reacção aos números do INE, o Ministério da Economia refere que "a actividade turística em Portugal registou até ao mês de Novembro, 19,4 milhões de hóspedes (+8,7%), 54,7 milhões de dormidas (+7,2%) e 3,2 mil milhões de euros de proveitos (+16,5%), resultados que ultrapassam, nos três indicadores, os valores totais alcançados no ano de 2016".
A nota do Ministério liderado por Manuel Caldeira Cabral não menciona o indicador em que Portugal continua a recuar: a estada média. Além disso, o rendimento médio por quarto, embora tenha crescido, ficou aquém daquilo que tem sido conseguido desde Janeiro. A área metropolitana de Lisboa e a Região Autónoma da Madeira são as únicas regiões portuguesas em que o retorno é mais elevado do que a média nacional.