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Portugal teve 18,2 milhões de turistas estrangeiros em 2016

Os novos dados do INE fazem um retrato do turista estrangeiro que entra em Portugal. São 18,2 milhões, a que é preciso somar outros 10,1 milhões de visitantes que não dormem (mas gastam) no país.

Miguel Baltazar
Wilson Ledo wilsonledo@negocios.pt 07 de Dezembro de 2017 às 15:27

Portugal registou 18,2 milhões de entradas de turistas estrangeiros em 2016. O número foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira, 7 de Dezembro.

É possível ainda adicionar o número de entradas de excursionistas, isto é, os estrangeiros que entraram em Portugal mas não dormiram no país. São 10,1 milhões. Assim, passaram as fronteiras nacionais – aéreas, marítimas e rodoviárias – 28,3 milhões de estrangeiros no ano passado.

Apesar de uma tendência de diversificação de destinos, os mercados mais tradicionais – Espanha, Reino Unido, França e Alemanha – pesam 66% da entrada de turistas estrangeiros em Portugal.

Combinando o número de turistas com excursionistas, Espanha representa mais de metade (68%) das entradas em Portugal, com 12,1 milhões de visitantes. O mesmo é dizer que entram por ano mais espanhóis que a própria população portuguesa. São 4,7 milhões de turistas e 7,5 milhões de excursionistas.

 

Por onde vêm? Para onde e porquê?

As fronteiras aéreas são utilizadas por 73% dos turistas e quase 2% dos excursionistas. A estrada representou 27% das entradas de turistas e 89% de excursionistas. Nesta última categoria, um milhão veio através de navios de cruzeiros.

O lazer é o principal motivo apontado, para mais de 70% das entradas de turistas. Segue-se a visita a familiares. "A ascendência portuguesa foi uma característica identificada em 23,4% das entradas de turistas em Portugal", pode ler-se no documento. Suíça, França e Brasil tiveram os pesos mais significativos.

A maioria das entradas foram já para revisitar Portugal, mantendo-se o cenário semelhante se analisados apenas os turistas sem ascendência portuguesa.

Portugal foi a primeira escolha em 16,1 milhões de entradas de turistas, ou seja, 88%. Quem visita o país tende a situar-se, sobretudo, na casa dos 25 aos 44 anos. O peso dos 45 aos 64 é semelhante. O turismo sénior, acima dos 65 anos, tem origens mais notórias nos países nórdicos, Brasil e Estados Unidos da América.

Os turistas tendem a vir em grupos, em média, com 2,55 pessoas. Os irlandeses, tanto por via aérea como rodoviária, são os que vêm mais acompanhados. Lisboa e Algarve são as regiões mais visitadas.

O Algarve é o destino preferido de britânicos e irlandeses. Lisboa tem-se destacado para italianos e brasileiros. O Norte reúne a preferência de suíços e franceses. Para alemães e nórdicos, a Madeira foi a região predilecta.

Quanto gastam?

Os turistas geraram 144,4 milhões de dormidas em Portugal, com quase metade a optar pelo alojamento privado gratuito (de familiares, por exemplo) e por residências secundárias.

Em média, cada turista gasta 95,7 euros por dia. O valor sobe quando vem de avião e diminui no caso das entradas por estrada. Brasil e Estados Unidos gastam acima da média: 166,4 e 146,1 euros, respectivamente.

Os dados do INE referem despesas associadas a viagens para Portugal na ordem dos 15,3 mil milhões de euros. Em lazer, os turistas gastam mais. Quando vindos de avião, gastam mais no transporte e no pacote turístico. Quando optam por estrada, a maioria dos gastos dá-se em alojamento, restauração e supermercados.


Os turistas avaliam a experiência em Portugal com 8,81 pontos em 10. Os Países Baixos e França avaliam abaixo da média. Estados Unidos, Reino Unido e Brasil acima.

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