Notícia
Fosun prepara ida do negócio de turismo para a bolsa
A oferta pública inicial da área de turismo da empresa chinesa dona da Fidelidade e maior accionista do BCP poderá render mais de 400 milhões de euros. A empresa deverá cotar em Hong Kong.
O grupo chinês Fosun International - maior accionista do BCP e dono da seguradora Fidelidade e da Luz Saúde - está a preparar a entrada em bolsa do seu negócio de turismo, onde se inclui a cadeia de resorts Club Med, que pode resultar na captação de pelo menos 500 milhões de dólares (424,5 milhões de euros à cotação actual).
Segundo a Reuters, que cita a IFR Asia (acesso pago) e fontes próximas do processo, a Fosun já está em contactos com bancos para o lançamento da oferta pública inicial (IPO na sigla em inglês). O destaque da empresa deverá arrancar no início de 2018, estando em vista a cotação na bolsa de Hong Kong.
No sector do turismo, além do Club Med - comprado em Fevereiro de 2015 por 939 milhões de euros - o grupo tem ainda uma aliança com o operador britânico Thomas Cook Group e detém um hotel de luxo na província chinesa de Hainan. Estes activos estão agrupados desde Novembro do ano passado no Fosun Tourism and Culture Group.
Meses depois da compra da rede de resorts de origem francesa, a companhia anunciou a intenção de acrescentar dois novos empreendimentos em Portugal ao projecto que tem na Balaia, Algarve, tendo na mira a costa alentejana. Já a compra da fatia de 5% na Thomas Cook foi feita através de uma subsidiária da seguradora Fidelidade.
A possibilidade de cotar o negócio de turismo surge cerca de uma semana depois de os também chineses da HNA - com participação na portuguesa TAP - terem anunciado estarem a estudar a admissão à bolsa do negócio de catering aéreo Gategroup. Em Setembro a Fosun realizou o IPO da israelita Sisram Medical, numa operação avaliada em 977 milhões de dólares de Hong Kong (106 milhões de euros à cotação actual).
No Verão passado surgiram notícias que davam como certa uma investigação das autoridades chinesas à exposição de vários bancos a diversas grandes empresas do país, incluindo a Fosun e a HNA Group. O regulador, o China Banking Regulatory Commision (CBRC), estaria preocupado com os riscos sistémicos que representavam os empréstimos a estas empresas.
No final de Agosto a Fosun International garantiu que nunca foi alvo de uma investigação pelas autoridades chinesas e que tem cumprido todas as exigências regulamentares na China e nos países onde está presente, acrescentando que a deslocação do reguladores às empresas é "uma actividade normal".
Meses depois da compra da rede de resorts de origem francesa, a companhia anunciou a intenção de acrescentar dois novos empreendimentos em Portugal ao projecto que tem na Balaia, Algarve, tendo na mira a costa alentejana. Já a compra da fatia de 5% na Thomas Cook foi feita através de uma subsidiária da seguradora Fidelidade.
A possibilidade de cotar o negócio de turismo surge cerca de uma semana depois de os também chineses da HNA - com participação na portuguesa TAP - terem anunciado estarem a estudar a admissão à bolsa do negócio de catering aéreo Gategroup. Em Setembro a Fosun realizou o IPO da israelita Sisram Medical, numa operação avaliada em 977 milhões de dólares de Hong Kong (106 milhões de euros à cotação actual).
No Verão passado surgiram notícias que davam como certa uma investigação das autoridades chinesas à exposição de vários bancos a diversas grandes empresas do país, incluindo a Fosun e a HNA Group. O regulador, o China Banking Regulatory Commision (CBRC), estaria preocupado com os riscos sistémicos que representavam os empréstimos a estas empresas.
No final de Agosto a Fosun International garantiu que nunca foi alvo de uma investigação pelas autoridades chinesas e que tem cumprido todas as exigências regulamentares na China e nos países onde está presente, acrescentando que a deslocação do reguladores às empresas é "uma actividade normal".