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Agências de viagens não esperam diminuição da procura para Bruxelas
Os atentados podem ter consequências no curto-prazo. Depois, a situação voltará o normal. As agências de viagens estão preocupadas com Bruxelas, mas sem alarme. A TAP preparou soluções para os passageiros.
Bruxelas não é um destino de peso no mercado português das viagens turísticas. Daí que as agências de viagem não olhem para esta capital com alarme. "Motivos de preocupação há com certeza, para as agências de viagens e para o mundo em geral", posiciona Pedro Costa Ferreira.
Apesar da pouco importância na vertente férias, o presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagens (APAVT) recorda que Bruxelas é um importante destino para viagens políticas e de negócios.
A expectativa é que a procura para Bruxelas não se deteriorá a longo prazo, na sequência das três explosões causada por terroristas esta terça-feira, 22 de Março.
Pedro Costa Ferreira admite que, a haver uma diminuição das viagens para Bruxelas, será de curto-prazo. "Este tipo de acontecimentos [isolados] não mexem com o longo-prazo", diz.
O responsável recorda o caso de Paris, com atentados em Novembro de 2015: nesta Páscoa as reservas para a Disneyland Paris cresceram em termos homólogos.
"Não esperamos uma alteração significativa [das escolhas de viagem dos portugueses]. Não há clima de alerta", acrescenta ao Negócios.
Os atentados em Bruxelas causaram já mais de três dezenas de mortos, tendo sido reivindicados pelo autoproclamado Estado Islâmico.
TAP disponibiliza soluções "Não há nenhuma corrida aos cancelamentos e adiamentos. A TAP está a procurar soluções", diz ao Negócios o porta-voz da companhia perante os atentados em Bruxelas.
A transportadora aérea avança que 200 dos 500 passageiros fizeram a sua viagem de Lisboa a Barcelona. A TAP disponibilizou a ida para o Luxemburgo, com autocarros a fazerem depois a ligação até Bruxelas.
Daqui em diante, os passageiros com bilhete para Bruxelas comprado até 22 de Março vão ter margem para alterar o seu itinerário para aeroportos próximos da capital belga. A mudança pode ser feita até ao final de Abril.
Se o passageiro optar pelo último caso, terá de assegurar a ligação terrestre a Bruxelas. Essa garantia foi dada pela TAP apenas para o dia dos atentados.