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Uber disponível para acolher taxistas. “Não há preconceito”

A plataforma de transporte diz estar à espera da nova legislação, parada há meses no Parlamento, para acertar a relação com o sector do táxi. O enquadramento legal é uma “necessidade”, define Rui Bento.

Miguel Baltazar/Negócios
28 de Junho de 2017 às 00:01
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O director-geral da Uber em Portugal, Rui Bento (na foto), mostra-se disponível para que a plataforma de transporte possa ter taxistas ao seu serviço. "Não existe qualquer preconceito ou problema com taxistas", posicionou esta terça-feira, 26 de Junho, num encontro com jornalistas, abrindo margem para um cenário de cooperação.


Havia duas formas de permitir essa ponte. A primeira seria através da descaracterização dos táxis, ao abrigo da nova legislação que está a ser preparada, prestando serviço enquanto UberX, a modalidade mais económica.


A segunda via seria a introdução da modalidade UberTaxi, como já existe em Berlim e onde um utilizador pode chamar um táxi através da aplicação da Uber. "Não fechamos nenhuma das portas", garantiu Rui Bento.


Tudo fica a depender do diploma para regulamentar a actividade de transportes em veículos descaracterizados a partir de plataforma electrónica (TVDE), como a Uber ou a Cabify, que está parada no Parlamento há vários meses.


Rui Bento gostaria de ver as novas regras definidas até ao fim desta sessão legislativa e dá o exemplo das várias multas que têm sido aplicadas a parceiros da Uber para comprovar a "necessidade" de que seja "elaborado e aprovado um novo regulamento para a mobilidade das cidades".


Depois desse passo, e se persistirem exigências demasiado fortes aos olhos da Uber, a tecnológica admite fazer-se ouvir. "Se entendermos que a nossa participação é relevante, exerceremos o nosso direito de audição parlamentar", acrescentou.


A garantia é de que as outras aplicações que têm surgido não têm alterado a forma como a Uber encara o seu negócio. Com a nova lei, acredita, "é normal que surjam novos operadores", tal como acontece noutras geografias.


Questionado sobre a saída do CEO da Uber a nível mundial, Travis Kalanick, o responsável português reconhece a importância do trabalho desenvolvido e acredita que esta não é uma "saída de ânimo leve". Pelo contrário, "evidencia como ele coloca a Uber em primeiro lugar", rumo a um "novo capítulo".


A Uber conta com mais de três mil motoristas no país, tendo já registado um milhão de "downloads" da sua aplicação.

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