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Depois de Kalanick, já há outra demissão no conselho da Uber

A dança das cadeiras continua na Uber. Depois de Travis Kalanick se ter demitido do cargo de CEO, por pressão dos accionistas, hoje foi a vez de Bill Gurley, que deixa o seu lugar no conselho de administração da start-up de serviços de transporte.

Reuters
22 de Junho de 2017 às 10:35
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Bill Gurley (na foto), que representava a empresa de capital de risco Benchmark Capital no conselho da Uber vai ceder o seu lugar a outro parceiro da Benchmark, Matt Cohler.


Esta será a terceira alteração no conselho de administração da Uber das últimas semanas. David Bonderman, da TPG, foi substituído pelo seu colega David Trujillo na quarta-feira, depois de ter feito um comentário sexista dirigido a outro membro do conselho, Arianna Huffington, numa reunião em que se debatiam os erros da cultura empresarial da Uber. Wan Ling Martello, executivo da Nestlé, juntou-se ao conselho no início deste mês.

Segundo a Bloomberg, Gurley era um dos primeiros investidores e maiores fãs da start-up, tendo desempenhado um papel fundamental no conselho de administração ao longo dos anos e recrutado muitos dos executivos da empresa.

Contudo, Gurley tornou-se um forte crítico de Kalanick, devido a uma série de escândalos de assédio, discriminação e cultura agressiva em que a empresa, e o seu agora antigo CEO, estão envolvidos.

 

A série de de escândalos teve início em Fevereiro, quando uma antiga engenheira da Uber, Susan Fowler, denunciou publicamente que o seu chefe a tinha assediado sexualmente. A queixa aos recursos humanos da companhia não deu em nada, pois o gestor em causa tinha excelentes resultados.

 

As denúncias de Susan Fowler levaram outros empregados da Uber a avançar com queixas contra a empresa, sobretudo de discriminação. Há também relatos de que as tentativas para diversificar a força de trabalho da Uber foram travadas pelo próprio Kalanick e várias outras notícias que mostram que a empresa discriminava vários dos seus trabalhadores.   

Os escândalos levaram os principais investidores da Uber a pressionar Kalanick a apresentar a sua demissão do cargo de CEO, o que acabou por acontecer esta terça-feira.

 

"Amo a Uber mais do que qualquer outra coisa no mundo, e neste momento difícil da minha vida pessoal decidi aceitar o pedido dos investidores para me afastar para que a Uber se possa desenvolver em vez de se envolver noutra luta", afirmou Kalanick, em comunicado. 

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