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Novo modelo de transportes vai estar em estudo nos próximos meses

O secretário de Estado do Ambiente garante que a posição do Governo é que não haja subconcessões das empresas de transporte público de Lisboa e Porto, mas a decisão ainda vai demorar pelo menos dois meses.

João Cortesão/Correio da Manhã
16 de Dezembro de 2015 às 14:33
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O secretário de Estado do Adjunto e do Ambiente, José Mendes, revelou esta quarta-feira que o novo modelo de gestão dos transportes públicos de Lisboa e do Porto está a ser estudado e não estará concluído em menos de dois meses.

Em declarações aos jornalistas, após uma visita ao Metropolitano de Lisboa seguida de uma reunião com trabalhadores, José Mendes reiterou que "a posição do Governo é que não haja subconcessões".

"O modelo que vai ser adoptado está a ser estudado e ainda não há mais nada a adiantar nessa matéria", acrescentou o governante, sublinhando que a decisão "não é algo que se faça em menos de um par de meses".


O secretário de Estado agendou para esta quarta-feira uma visita às empresas de transportes públicos de Lisboa, incluindo reuniões com as organizações representantes dos trabalhadores, estando previsto que ainda esta semana desenvolva contactos semelhantes nas empresas do Porto.

Depois de ter determinado a suspensão dos processos de subconcessão e de ter solicitado às empresas toda a documentação relacionada com os concursos lançados pelo anterior Governo, o Ministério do Ambiente definiu um prazo da ordem dos dois meses para decidir a reversão das subconcessões. Como foi acordado entre o PS e PCP, Bloco de Esquerda e Verdes, o processo irá voltar atrás, mas no caso do Metro do Porto deverá ser lançado um novo concurso para a subconcessão do serviço, tendo em conta os estatutos desta sociedade.


Esta quarta-feira, depois de visitar as oficinas do Metro no Complexo de Carnide, José Mendes reuniu-se com estruturas sindicais, entre as quais a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).

"Estamos numa nova era de diálogo, de cordialidade e respeito pelos trabalhadores. Esta foi uma reunião de cortesia para transmitir as preocupações dos trabalhadores", disse a dirigente sindical Anabela Carvalheira. A sindicalista adiantou que está agendada uma nova reunião com o Governo para 15 de Janeiro, para se "iniciar uma discussão séria e credível das negociações", e sublinhou que, "enquanto houver diálogo, não há motivo para greve".


O actual Governo conseguiu travar na semana passada, depois de receber a Fectrans, a realização de uma greve parcial de seis dias no Metro de Lisboa. Na STCP, contudo, foram já aprovadas novas greves para os feriados de 2016.


Após visitar o Metro de Lisboa, o secretário de Estado seguiu para o Centro de Comando de Tráfego da Carris, em Miraflores, para conhecer as instalações e ter nova reunião com os trabalhadores.


Manuel Leal, do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), disse também não estar prevista qualquer greve, mas sublinhou que deve haver uma "definição rápida, até ao final do ano", sobre as reivindicações dos trabalhadores, sobre o processo de reestruturação do sector e reposição dos salários.


Também o porta-voz da comissão de trabalhadores da Carris, Paulo Gonçalves, considerou "prematuro" falar em formas de protesto e disse haver "grande expectativa" com o novo Governo.


Esta tarde o secretário de Estado tem agendada uma visita ao Terminal Fluvial do Cais do Sodré e uma reunião com a comissão de trabalhadores e sindicatos da Transtejo e Soflusa.

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