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Antrop: "queremos que se aproveitem os benefícios da gestão privada"
Cabaço Martins, presidente da Antrop, disse esta tarde que, quanto ao futuro das subconcessões, os operadores "só sabem o que tem saído na comunicação social". A associação assinou esta tarde um memorando com a Área Metropolitana do Porto.
Os operadores privados estão "no escuro" sobre o futuro das subconcessões de transportes em Lisboa e no Porto, que o novo Governo prometeu reverter. O anterior Executivo tinha adjudicado as concessões do Metro de Lisboa, Carris, STCP e Metro do Porto no final da legislatura.
O presidente da Antrop, associação que representa os operadores privados de transportes, Cabaço Martins, defendeu esta tarde, no Porto, que "a melhor solução é a gestão privada". "Queremos que as autoridades aproveitem os benefícios que a gestão privada possa dar ao sistema de transportes", referiu o responsável.
Cabaço Martins adiantou que "o que sabemos é o que tem saído na comunicação social" e disse não ter qualquer preferência por um modelo específico. "Os modelos contratuais são as autoridades que os escolhem. Queremos que sejam cumpridos pressupostos de legalidade e garantia da qualidade do serviço", adiantou o presidente da Antrop.
O presidente da Antrop esteve no Porto para assinar um memorando com a Área Metropolitana da cidade, que irá ajudar os diversos operadores da área num período de transição, até final de 2019, que irá alterar a forma como são feitos os contratos de serviço público.
"Tínhamos um regime em que o sistema de transportes se baseou em autorizações do Estado central. Foi evoluindo e chegou a altura de fazer um 'bypass' e concentrar a interlocução para que as questões tenham uma resolução mais fácil e adequada", adiantou Cabaço Martins. "Temos de saber o que está licenciado e outorgado e pensar as novas redes. Este período de três anos tem a ver com a consciência que haverá vantagem em se garantir alguma estabilidade nesta primeira fase", adiantou.
As licenças para o serviço público de transporte eram concedidas empresa a empresa, sem considerar a rede como um todo. A partir de 2019, as concessões serão feitas de acordo com os procedimentos impostos pela União Europeia.