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Movimento de contentores em queda acentuada em Lisboa, Setúbal e Figueira

A instabilidade laboral resultou em perdas acentuadas na movimentação de contentores em Outubro nos portos de Lisboa, Setúbal e Figueira da Foz. Já Leixões e Sines beneficiaram da transferência de tráfego.   

Sérgio Lemos
18 de Dezembro de 2018 às 12:52
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O movimento geral de contentores nos portos da Figueira da Foz, Lisboa e Setúbal recuou em Outubro 36,4%, 31% e 20,4%, respectivamente, face ao mesmo mês de 2017, revela o relatório de acompanhamento do mercado portuário divulgado esta terça-feira, 18 de Dezembro, pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

De acordo com o regulador, "a este comportamento não é alheio o clima de instabilidade laboral verificado principalmente no porto de Lisboa, mas também em Setúbal e Figueira da Foz, que tem determinado a transferência de tráfego" entre estes portos e os de Leixões e Sines, que cresceram mais de 20%.

A greve iniciada em Agosto pelos estivadores ao trabalho suplementar tem-se feito sentir nos portos de Lisboa, Setúbal e Figueira da Foz. Em Setúbal a situação foi ainda agravada pela paralisação iniciada a 5 de Novembro pela integração de trabalhadores precários, a qual terminou na passada sexta-feira com a assinatura de um acordo entre o sindicato e os operadores daquele porto.

Em Outubro, de acordo com o relatório de acompanhamento do mercado portuário, os portos de Leixões e de Sines registaram crescimentos na movimentação de contentores de 20,1% e 27,9%, respectivamente, beneficiando da transferência de tráfego.


No acumulado dos primeiros 10 meses do ano, o porto da Figueira regista um decréscimo de 16,1%, Lisboa de 12% e Setúbal de 6,3%, enquanto Leixões cresce 3,7% e Sines 2,2%. Desempenho que não é suficiente para travar o decréscimo de 0,4% que se regista desde o início do ano no conjunto dos portos.


Segundo os dados da AMT, no conjunto das cargas os portos do continente movimentaram entre Janeiro e Outubro 77,8 milhões de toneladas de carga, o que revela uma quebra de 4,3% no volume de carga movimentada, face a igual período de 2017.

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