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Acordo com estivadores só acaba com greve em Setúbal
O Sindicato dos Estivadores vai acabar com a paralisação em Setúbal, mas mantém greve ao trabalho suplementar nos outros portos. A mediação entre trabalhadores e operadores vai continuar.
O presidente de Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística, António Mariano, esclareceu esta sexta-feira, 14 Dezembro, na assinatura de um acordo com os operadores do Porto de Setúbal que o entendimento apenas diz respeito a este porto, mantendo-se assim a greve ao trabalho suplementar nos outros portos que está marcada até ao próximo ano.
"O acordo que foi assinado é relativamente a Setúbal. É o levantamento de formas de luta duplas", afirmou António Mariano, referindo-se ao protesto pela integração dos precários e da greve às horas suplementares.
"Há questões para resolver nos outros portos", disse ainda o responsável do sindicato que tem em curso desde 13 de Agosto uma greve ao trabalho suplementar marcada para todos os portos nacionais, que além de Setúbal tem afectado Lisboa e Figueira da Foz.
António Mariano diz, contudo, que a mediação que tem estado a cargo de Guilherme Dray, ex-chefe de gabinete de José Sócrates, "vai continuar" para que "outras situações de injustiça acabem nos outros portos".
Ana Paula Vitorino, que também elogiou a mediação no acordo conseguido esta sexta-feira para a integração de trabalhadores precários em Setúbal, garantiu que "por parte do Governo nunca esteve em cima da mesa aplicar a requisição civil".
A ministra disse que "todos os problemas que possam existir mais ou menos graves nos portos nacionais têm prioridade sobre as outras questões na atenção que possamos prestar".
Para Ana Paula Vitorino, "tudo é para ser resolvido tão depressa quanto possível e tão devagar quanto necessário".