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Estivadores acreditam em solução nos portos até ao final da semana

O presidente do Sindicato dos Estivadores disse no Parlamento esperar que até ao fim da semana seja possível declaração de compromisso para futuro, que ponha fim ao que considera ser uma discriminação salarial dos seus associados em Leixões e no Caniçal.

Ricardo Pereira
19 de Dezembro de 2018 às 11:58
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O presidente do Sindicato dos Estivadores e da Actividade Logística (SEAL), António Mariano (na foto), adiantou esta quarta-feira, 19 de Dezembro, no Parlamento que, depois do acordo assinado no dia 14 para a integração dos trabalhadores precários de Setúbal, o entendimento pressupõe ainda que os problemas de perseguição dos seus associados em Leixões e Caniçal "estarão resolvidos no final desta semana".

"As restantes condições esperamos que estejam resolvidas até final da semana e em Lisboa até 15 de Janeiro, é essa a promessa que temos do Governo e dos operadores", afirmou o sindicalista.

A greve ao trabalho suplementar decretada em todos os portos nacionais, que teve impacto em Lisboa, Setúbal e Figueira da Foz, começou a 13 de Agosto, estando o pré-aviso válido até ao início do próximo ano.

António Mariano salientou que a situação em causa se deve ao facto de "os trabalhadores que se filiaram no SEAL passarem a ganhar metade. Isto é ilegal, mas há dois anos que está a acontecer".

Com a mediação a decorrer, o sindicalista disse que "o que se pretende é uma declaração que estamos a cumprir a lei".  "Esperamos que até ao fim da semana seja possível declaração de compromisso para futuro", acrescentou.

António Mariano explicou, na sua intervenção inicial, que o conflito que dura há alguns meses nos portos nacionais resulta de dois aspectos: a precariedade em Setúbal e "a perseguição aos sócios do SEAL por discriminação salarial em Leixões e Caniçal", situação que "continua por resolver" e que está na base da greve ao trabalho suplementar iniciada a 13 de Agosto.

Já em Setúbal, frisou, "a situação alterou-se radicalmente em virtude do que se passou nas últimas semanas", com contratos em termo imediato para 56 trabalhos precários e a curto prazo de mais 10 a 37.

O responsável do SEAL não deixou de criticar "a intervenção musculada" que teve lugar em Outubro "para trabalhar navio da Autoeuropa", o que "fez com que todos os exportadores ficassem parados". "Naquele dia outro navio de automóveis, outro de fruta e outros que era suposto trabalhar e não trabalharam. Para permitir que um exportar funcionasse toda a resto da economia ficou bloqueada", afirmou.

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