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Consulta pública ao projecto da Segunda Circular tem 334 contributos

A consulta pública para o projecto da Segunda Circular termina, esta sexta-feira. As obras deverão custar 12 milhões de euros e durar cerca de 11 meses.

29 de Janeiro de 2016 às 10:44
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A consulta pública ao projecto da Câmara de Lisboa para a Segunda Circular, que visa diminuir o tráfego através da reformulação de alguns nós de acesso, termina esta sexta-feira, contando com pelo menos 334 contributos.


O vereador das Obras Municipais da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, afirmou à Lusa que, até quinta-feira, a consulta pública contou com 334 contributos "muito variados" e "divididos por temas".

O projecto da maioria PS no executivo municipal prevê também a implantação de um separador central maior e arborizado, a redução da largura das vias (onde não se verifica), a montagem de barreiras acústicas, a reabilitação da drenagem e do piso, a renovação da iluminação pública e da sinalética e a diminuição da velocidade, de 80 para 60 quilómetros/hora.


Orçadas em 12 milhões de euros, as obras devem iniciar-se em Junho, durando 11 meses.


O início do processo remonta a meados de Dezembro, quando o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, divulgou a intenção de remodelar esta via que liga a zona oriental da cidade à ocidental, através de alterações no tráfego e de intervenções na iluminação e renovação do separador central.


Dias depois, Manuel Salgado apresentou uma proposta para investir 10 milhões de euros na Segunda Circular até 2018, contemplando também a colocação de radares para controlo da velocidade de circulação.


Apesar de constar da ordem de trabalhos da última reunião camarária de 2015, a apreciação da proposta foi adiada, com os partidos da oposição (PSD, PCP e CDS-PP) a solicitaram mais tempo para analisar o projecto e para ouvir a população.


Por isso, a autarquia colocou, a 23 de Dezembro, o projecto em consulta pública no seu site, que contou com 250 pronúncias até ao dia 15 de Janeiro, prazo que foi depois alargado até esta sexta-feira.


No início deste mês de Janeiro, começaram as críticas. Algumas delas partiram do ex-vereador da Mobilidade da Câmara de Lisboa, Fernando Nunes da Silva, que afirmou que a requalificação proposta pela autarquia se trata de "uma operação de cosmética" para disfarçar "o caos" do trânsito.


Algumas entidades como o Automóvel Clube de Portugal (ACP), a Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), o Partido da Terra (MPT), ou a Associação dos Pilotos Portugueses de Linha Aérea (APPLA) também se manifestaram contra o projecto.


Entretanto, os vereadores do PSD e CDS-PP na Câmara de Lisboa informaram que vão votar contra o projecto caso não haja alterações, por considerarem que é feito "à pressa" e terá impactos na circulação automóvel.


Já organismos representativos dos engenheiros, arquitectos e paisagistas ouvidos pela Lusa defenderam que o projecto é uma boa solução porque incide sobre uma via "desurbanizada" a necessitar de intervenção.


Face às críticas, Fernando Medina assegurou, em meados deste mês, que há mais vozes favoráveis do que contra a intervenção.


O tema foi já debatido várias vezes, estando agendado, para segunda-feira, um debate alargado na Assembleia Municipal de Lisboa.

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