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Lisboa decide hoje se altera plano para a Segunda Circular

A assembleia municipal vai deliberar se introduz alterações ao plano inicial para a 2ª Circular, em Lisboa. O limite de velocidade bi-horário ou a criação de um transporte rápido entre o Aeroporto e Benfica são possibilidades.

10 de Fevereiro de 2016 às 11:54
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A assembleia municipal de Lisboa vai hoje, 10 de Fevereiro, votar uma série de recomendações sobre o projecto de requalificação da 2ª Circular, por onde passam 110 mil viaturas diariamente.

No início deste ano a autarquia, presidida por Fernando Medina, apresentou um plano para tornar a 2ª Circular mais segura e dotá-la de maior fluidez e capacidade. As obras, que devem arrancar ainda em 2016, terão uma duração de 11 meses e um custo global de 9,75 milhões de euros, de acordo com a proposta da autarquia.

Mas rapidamente choveram as críticas. Fernando Nunes da Silva, especialista em transportes e antigo vereador da Câmara Municipal de Lisboa (CML), classificou a intenção de "operação de cosmética", que ignora os reais problemas de trânsito na cidade. Já o Automóvel Club de Portugal (ACP) admitiu avançar para tribunal.


Por seu turno, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA) alertou mesmo para a quantidade de pássaros que poderiam ser atraídos pelas novas árvores, numa área de forte movimento no acesso ao aeroporto de Lisboa.

Foi no meio destas críticas que teve lugar, no início deste mês de Fevereiro, a primeira sessão do debate temático sobre a 2ª Circular, onde nasceram uma série de recomendações à CML para este projecto.

Uma das recomendações passa por definir um limite de "velocidade bi-horário", ou seja, durante o dia os carros circulam mais devagar, e à noite circulam mais depressa.

Depois, a aposta na mobilidade sustentável: como a criação de uma ciclovia e dar prioridade à circulação de veículos eléctricos, híbridos e a gás.


Em termos de transportes públicos, o conjunto de recomendações fala da criação de uma faixa "bus" para autocarros, devido ao "aumento previsível de utentes do aeroporto" e da necessidade de facilitar a circulação de veículos de emergência.

O relatório também aponta a necessidade de várias outras intervenções. Como criar um "eléctrico rápido ou metro de superfície" que atravesse a 2ª Circular entre o Aeroporto e a estação de comboios de Benfica, podendo ser prolongado até Algés.


Além disso, a autarquia de Lisboa "deve pressionar o Governo" para que sejam executadas três obras fundamentais para retirar trânsito à 2ª Circular: ligação da A5 ao Eixo Norte-Sul, ligação do IC19 à CRIL, em Pina Manique, e a ligação da A1 à CRIL, no Prior Velho.

Ao mesmo tempo, considera que a autarquia "devia sensibilizar o Governo para não haver portagem na CREL, ou então ter preço reduzido nas horas de maior tráfego".

O documento vem também esclarecer vários "aspectos que foram muitos criticados, mas que não constam do projecto". Como a retirada de uma faixa de rodagem em cada sentido, a redução da largura das faixas de 3,25 metros para 3,10 metros, a nplantação de arvoredo na envolvente do aeroporto, atraindo mais aves e pondo em causa a segurança aeronáutica. "Nenhuma destas soluções consta do projecto", pode-se ler no documento.

A reunião vai ter lugar esta quarta-feira, 10 de Fevereiro, pelas 14:30 no auditório dos Serviços Sociais.

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