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BE, PEV e PAN querem mais carruagens na linha verde do Metro, PSD pede "normalidade" na linha azul
PSD, BE, PEV e PAN levam ao Parlamento esta terça-feira projectos de resolução sobre o Metropolitano de Lisboa. Os sociais-democratas querem duplicar frequência dos comboios na Linha Azul. À esquerda, as prioridades recaem na Linha Verde.
O parlamento debate na terça-feira projectos de resolução de PSD, BE, PEV e PAN sobre o Metropolitano de Lisboa, com os sociais-democratas a recomendarem ao Governo "o aumento para o dobro" da frequência dos comboios na totalidade da Linha Azul.
Os outros três partidos concentram-se nos problemas registados na Linha Verde do Metro com a diminuição para três carruagens, recomendando ao Governo a reposição para pelo menos quatro carruagens e o rápido arranque das obras na estação de Arroios para que o metro possa vir a circular com seis carruagens.
Os sociais-democratas pedem ao Governo que reverta a decisão anunciada pela administração do Metro no final de Março de diminuir para metade a frequência dos comboios da Linha Azul que servem as estações localizadas na Amadora (Alfornelos, Amadora Este e Reboleira).
O PSD recomenda, assim, ao Governo que dê orientações à administração do Metro para que "reponha a normalidade na Linha Azul, aumentando para o dobro a frequência dos comboios" a terminar na estação final da Reboleira.
Já o Partido Ecologista "Os Verdes", que marcou o agendamento do debate, centra-se nos problemas da Linha Verde, que desde Fevereiro de 2012 sofreu uma diminuição de quatro para três carruagens, "por pretensos motivos de adequação da oferta à procura do serviço, o que de imediato se comprovou ser falso".
Salientando que esta é uma das linhas "com mais utilizadores", o PEV recomenda ao Governo que inicie as obras na estação de Arroios "no mais curto espaço de tempo" e que, até lá, reponha as quatro carruagens na Linha Verde.
No mesmo sentido, o Bloco de Esquerda acusa o anterior Governo PSD/CDS-PP de ter procedido a "um enorme desinvestimento no transporte público colectivo o que levou a uma enorme degradação do serviço".
No seu projecto, os bloquistas recomendam ao Governo que, em articulação com a Câmara Municipal de Lisboa e a Carris, reforce as carreiras da Carris na zona de Arroios, com o objectivo de cobrir as falhas geradas pelo período de obras de requalificação da estação de metro.
O BE pede ainda a "contratação imediata" dos trinta maquinistas prometidos pela administração do Metro em 2016 e a revisão imediata dos quadros de pessoal da empresa, em particular na área da manutenção.
Também o Partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) alerta que o Metropolitano de Lisboa está actualmente "muito longe de responder às necessidades dos seus utilizadores" e recomenda igualmente ao Governo a "reposição imediata da quarta carruagem" em todos os comboios da Linha Verde e a rápida realização do concurso com vista às obras na estação de Arroios.
A estação de Arroios do Metropolitano de Lisboa encerra a 19 de Julho durante 18 meses para obras que vão permitir o funcionamento de comboios com seis carruagens na Linha Verde e custarão mais de sete milhões de euros, de acordo com o Plano de Desenvolvimento Operacional da Rede do Metropolitano de Lisboa hoje anunciado.
Segundo o mesmo plano, o Metropolitano de Lisboa vai ter mais duas estações até 2022 - Estrela e Santos ---, estando previstas também estações nas Amoreiras e em Campo de Ourique, embora nestes dois casos sem uma data prevista de conclusão.