A companhia aérea "low cost" Ryanair aumentou os seus lucros em 6% no último ano fiscal terminado em Março, para os 1,3 mil milhões de euros.

A contribuir para o resultado está uma redução no preço médio das tarifas, apoiado por programa de melhoria de serviços, que permitiram uma ocupação de 94%.

A transportadora irlandesa registou um aumento de 13% no número de passageiros, para os 120 milhões.

Já a redução de custos fixou-se nos 11%, em parte devido à quebra nos preços dos combustíveis.

Em comunicado, o presidente Michael O’Leary mostra-se satisfeito mas relembra as "dificuldades" sentidas nas negociações para o próximo ano: situações de insegurança em algumas cidades europeias ou a desvalorização da libra esterlina depois do voto no Brexit [saída do Reino Unido da União Europeia].

Apesar disso, a empresa decidiu lançar mais um programa de recompra de acções, avaliado em 600 milhões de euros.

Novidades para 2018

Até Março de 2018, a companhia espera reforçar a sua frota para os 427 aviões, facilitando o seu objectivo se atingir os 130 milhões de passageiros, um crescimento de 10 milhões. Entre as novas rotas contam-se as estreias de Tel Aviv (Israel) e Kiev (Ucrânia).

No Verão de 2018, a Ryanair vai também ver nos céus a sua companhia de "charters" – a Ryanair Summer – com cinco aviões e certificado de aviação polaco, país onde espera reforçar posição.

No próximo ano arranca também a associação com a Air Europa, com a companhia "low cost" a vender bilhetes e a alimentar voos de longo curso desta parceira a partir de Madrid. Nova Iorque será uma das cidades servidas.

A Ryanair espera, por isso, atingir lucros entre os 1,4 e os 1,45 mil milhões de euros no próximo ano.