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Ryanair não quer aeroporto do Montijo gerido pela ANA

O líder da companhia aérea de baixo custo defende que a gestão do novo aeroporto da região de Lisboa não fique sob a alçada da dona do aeroporto de Lisboa. "A concorrência entre Montijo e Portela seria boa para o consumidor," argumenta.

17 de Maio de 2017 às 10:30
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A companhia aérea "low cost" Ryanair manifestou esta quarta-feira, 17 de Maio, a sua vontade de que a exploração do novo terminal no Montijo seja colocado a concurso.

O presidente da companhia, Michael O'Leary, defendeu que "a concorrência funciona" e que, mesmo existindo um contrato de concessão assinado com a Vinci, dona da ANA Aeroportos, cabe ao Governo tomar essa decisão.


"A concorrência entre Montijo e Portela seria boa para o consumidor", afirmou, lembrando um cenário semelhante ocorrido nos aeroportos de Londres.


"Queremos que o aeroporto do Montijo seja detido por outra entidade que não a ANA. Se for a ANA, que abra o mais cedo possível", antes de 2020, exigiu. Para O’Leary, a ANA tem interesse em atrasar a abertura do novo terminal, subindo as taxas na Portela.


O empresário reforça a crença de que a "Portela continua artificialmente limitada" e sugere que seja aumentado para 50 o número de movimentos por hora, actualmente fixado nos 40.


Sobre o estudo de impacto ambiental que está a ser realizado para o Montijo, o líder da Ryanair questiona-se: "Estudo de quê? Já há um aeroporto com operação militar. É um bocado tarde para estudar o ambiente".

 

Piscar de olho a parceria com a TAP

Michael O’Leary revelou também esta quarta-feira, 17 de Maio, que a Ryanair foi contactada por uma equipa comercial da TAP para o estabelecimento de uma eventual parceria.


A mesma, como já foi referido no passado, consistiria em alimentar as rotas de longo curso da transportadora portuguesa com passageiros oriundos de voos da Ryanair dentro da Europa. Para O’Leary, a rede da América Latina da TAP é um atractivo.


Questionado sobre os rumores desta parceria no passado, que nunca se concretizaram e foram aliás negados pela TAP, o responsável compara as negociações com companhia lusa a uma dança. "É como uma rapariga. Perguntas e perguntas se ela aceita dançar contigo. Até que ela aceite", brincou.


Mesmo com esta vontade de colaborar directamente com a TAP, a Ryanair continua a desejar ultrapassar a rival e afirmar-se como a número um em Portugal. Para este ano, a companhia "low cost" prevê atingir os 10 milhões de passageiros, ficando mais perto de "atingir o objectivo de ultrapassar a TAP em dois ou três anos".


Para o Verão, a Ryanair lançará seis novas rotas em Lisboa: Bolonha, Glasgow, Luxemburgo, Nápoles, Toulose e Breslávia.

(Notícia actualizada às 12:18 com mais informação)

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