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Ryanair duplica lucros e anuncia descida de preços
A companhia aérea irlandesa registou um lucro de 103 milhões de euros no último trimestre de 2015, na sequência de uma subida de 25% dos passageiros. Até Março irá descer as tarifas. E esta semana arranca um programa de recompra de acções.
O lucro líquido da Ryanair aumentou de 49 para 103 milhões de euros, impulsionado por um crescimento de 25% do número de passageiros transportados, para um total de 20 milhões, no terceiro trimestre fiscal que decorreu entre Outubro e Dezembro do ano passado.
Este resultado ficou aquém das estimativas dos analistas - que apontavam para 118,2 milhões de euros. Ainda assim, a companhia aérea irlandesa acredita que o tráfego deverá aumentar 25% no último trimestre do seu exercício fiscal, mais quatro pontos percentuais do que o esperado, colocando o lucro anual no intervalo entre 1,17 e 1,22 mil milhões de euros.
Neste contexto, a Ryanair anunciou um programa de recompra de acções num cenário de "crescente rentabilidade e de melhoria do 'cash flow'", que irá começar a 5 de Fevereiro e durará nove meses, explicou a empresa num comunicado citado pela Bloomberg. Na conclusão do processo, a companhia culmina um processo que já permitiu entregar quatro mil milhões de euros aos investidores nos últimos oito anos.
Tarifas mais baixas
A Ryanair tirou partido de uma quebra dos preços do combustível jet-fuel em 40% nos últimos 12 meses e conseguiu reduzir em 10 o número de aviões que ficaram em terra durante este Inverno. Ainda assim, as tarifas desceram depois dos atentados terroristas de Paris, tendo essa quebra atingido o 1% entre Outubro e Dezembro do ano passado. Para o corrente trimestre, a companhia estima que essa descida acelere para 6%.
"Notámos um ligeiro abrandamento (no tráfego) depois desses acontecimentos. E quando há abrandamento no mercado, estimulamo-lo com promoções e descontos", explicou à Bloomberg o director financeiro da Ryanair, Neil Sorahan.
O primeiro trimestre deste ano - último do exercício fiscal da Ryanair - será ainda marcado pela quebra da libra e por um novo imposto em Itália, alertou a empresa.