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Ryanair: Greve dos tripulantes cancela 50 voos em Portugal

Membros de cabine de Bélgica, Espanha e Portugal em greve.

7 - Ryanair
Bloomberg / Reuters / Getty Images
Negócios 18 de Julho de 2018 às 14:53
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A Ryanair confirmou esta quarta-feira em comunicado o cancelamento de vários voos, 27% de ou para Portugal.

A companhia aérea já entrou em contacto através de mensagem ou email com os cerca de 50 mil passageiros afetados pela greve dos dias 25 e 26 de julho, clientes podem remarcar o voo ou pedir a devolução total do valor da viagem. Esta greve vai afectar 300 dos 2400 voos programados, refere o Correio da Manhã

Em Espanha podem ser cancelados até 200 dos mais de 830 voos diários (24%) e na Bélgica serão anulados até 50 dos 160 voos diários (31%).

"Estes cancelamentos, que lamentamos profundamente, irão afetar aproximadamente 12% dos passageiros que iriam viajar com a Ryanair na quarta e quinta-feira da próxima semana, podendo estes passageiros remarcar ou solicitar voos alternativos num intervalo de sete dias, após os dias da greve" (25 e 26), refere o comunicado.

Em alternativa, os passageiros afetados podem socilitar o reembolso total do valor dos seus voos.

A Ryanair indicou também que já enviou 'emails' e mensagens SMS para cerca de 50 mil clientes com viagens marcadas de ou para Portugal, Espanha e Bélgica para os notificar do cancelamento dos voos com uma semana de antecedência.

"A Ryanair pede as mais sinceras desculpas aos clientes afetados por estas perturbações, as quais tentámos a todo o custo evitar", afirmou Kenny Jacobs, director de marketing da companhia irlandesa, citado no comunicado.

Os sindicatos que representam a tripulação de cabine da transportadora irlandesa anunciaram no passado dia 05 de julho a convocação para 25 e 26 de julho de uma greve em Espanha, Portugal, Itália e Bélgica. A paralisação em Itália só se realizará no primeiro dos dois dias.

Os trabalhadores exigem que a companhia aérea de baixo custo, entre outras coisas, passe a respeitar os direitos dos trabalhadores em cada país em que opera e reconheça os representantes sindicais eleitos, que pretendem negociar um acordo coletivo de trabalho.

"Considerando que os tripulantes de cabine da Ryanair auferem salários excelentes -- até 40.000 euros por ano (em países com elevado índice de desemprego jovem) -- horários líderes de indústria (14 dias de folga por mês), ótimas comissões por vendas, subsídio de uniforme e baixa de doença paga, estas greves são completamente injustificadas e apenas resultarão em perturbações a férias de famílias, beneficiando as companhias aéreas concorrentes em Portugal, Espanha e Bélgica", considerou Kenny Jacobs.

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