Notícia
Pedro Nuno Santos: "Não estamos interessados em tomar o controlo da Groundforce"
A TAP "não tem qualquer interesse em tomar o controlo da Groundforce", assegurou o ministro das Infraestruturas e Habitação. No entanto, avisou que a companhia aérea não pode continuar a fazer adiantamentos sem exigir garantias "claras e firmes".
A TAP "não tem qualquer interesse em tomar o controlo da Groundforce", assegurou o ministro das Infraestruturas e Habitação. A TAP não pode continuar a fazer adiantamentos sem exigir garantias "claras e firmes".
Questionado sobre se admite nacionalizar a empresa, Pedro Nuno Santos disse "acreditar que se possa encontrar uma solução". "Não temos nenhuma vontade ou intenção de nacionalizar a empresa, ou empresas", frisou.
"Era impossivel para a TAP continuar a expor-se à Groundforce sem exigir garantias à Groundforce", insistiu.
Pedro Nuno Santos assinalou que a TAP já realizou adiantamentos por serviços ainda não executados pela empresa de "handling" que totalizam atualmente cerca de 10 milhões de euros.
No entanto, lembrou, a TAP encontra-se num processo de reestruturação, em negociações em Bruxelas, e "não pode continuar a fazer adiantamentos sem ter garantias firmes". Assim, "aquilo que exigiu foi ter como garantias ações do acionista privado da Groundforce".
Mais, disse, o Governo acedeu a que "a garantia só pudesse ser executada após a entrada do empréstimo que a Groundforce está a negociar [no valor de 30 milhões de euros]". Esta solução, salientou, significa que "não há qualquer razão para algum receio dessa execução e não se colocaria nenhum risco de controlo da Groundforce pela TAP. Se com parte do valor do empréstimo a empresa ia pagar os adiantamentos quando o empréstimo entrasse, a garantia extinguir-se-ia", rematou.
"Pensávamos que com esta cedência a situação estaria desbloqueada e resolver-se-ia a questão dos salários em atraso aos trabalhadores", prosseguiu o governante.
No entanto, revelou o ministro, "o acionista privado exige que, mesmo com a execução da garantia e a TAP a passar a maioritária, continuasse a ser o acionista a liderar a empresa".
Ora, considerou, "a TAP não pode aceitar uma situação dessas". "A TAP não está a exigir nada de diferente do que um acionista privado exigiria", realçou, reafirmando que "aquilo que estamos a exigir é completamente razoável".
"Apelo a que o acionista maioritário aceite o acordo", concluiu.
Ainda sobre a questão de eventual nacionalização, Pedro Nuno Santos assinalou as diferenças entre a TAP e a Efacec, empresas onde o Estado assumiu o controlo maioritário, e a Groundforce, vincando que esta "não é uma empresa com a mesma importância estratégica".
Sobre o tom do comunicado hoje emitido pelo presidente da Groundforce, Alfredo Casimiro, que acusa o ministro de "chantagem" e de "querer nacionalizar a empresa", Pedro Nuno Santos disse "dar o desconto" em virtude da "situação de desespero que a Groundforce atravessa".
Hoje, o presidente da administração da Groundforce acusou o ministro de ter tido uma resposta que "é insultuosa, uma chantagem e um ultimato inaceitável".
"Colocando-me sob chantagem, o senhor ministro sabe que não será a Groundforce a pagar o salário dos trabalhadores da empresa, e que terá de ser o Estado, eventualmente através de uma nacionalização, a pagar esta conta e todas as outras que certamente virão. É o que quer o senhor ministro Pedro Nuno Santos: nacionalizar a Groundforce e entregá-la daqui a uns tempos a outro privado. Estão a aproveitar-se da pandemia para fazer um roubo, tal como os que ocorreram a 11 de março de 1975", acusou ainda.
Questionado sobre se admite nacionalizar a empresa, Pedro Nuno Santos disse "acreditar que se possa encontrar uma solução". "Não temos nenhuma vontade ou intenção de nacionalizar a empresa, ou empresas", frisou.
Pedro Nuno Santos assinalou que a TAP já realizou adiantamentos por serviços ainda não executados pela empresa de "handling" que totalizam atualmente cerca de 10 milhões de euros.
No entanto, lembrou, a TAP encontra-se num processo de reestruturação, em negociações em Bruxelas, e "não pode continuar a fazer adiantamentos sem ter garantias firmes". Assim, "aquilo que exigiu foi ter como garantias ações do acionista privado da Groundforce".
Mais, disse, o Governo acedeu a que "a garantia só pudesse ser executada após a entrada do empréstimo que a Groundforce está a negociar [no valor de 30 milhões de euros]". Esta solução, salientou, significa que "não há qualquer razão para algum receio dessa execução e não se colocaria nenhum risco de controlo da Groundforce pela TAP. Se com parte do valor do empréstimo a empresa ia pagar os adiantamentos quando o empréstimo entrasse, a garantia extinguir-se-ia", rematou.
"Pensávamos que com esta cedência a situação estaria desbloqueada e resolver-se-ia a questão dos salários em atraso aos trabalhadores", prosseguiu o governante.
No entanto, revelou o ministro, "o acionista privado exige que, mesmo com a execução da garantia e a TAP a passar a maioritária, continuasse a ser o acionista a liderar a empresa".
Ora, considerou, "a TAP não pode aceitar uma situação dessas". "A TAP não está a exigir nada de diferente do que um acionista privado exigiria", realçou, reafirmando que "aquilo que estamos a exigir é completamente razoável".
"Apelo a que o acionista maioritário aceite o acordo", concluiu.
Ainda sobre a questão de eventual nacionalização, Pedro Nuno Santos assinalou as diferenças entre a TAP e a Efacec, empresas onde o Estado assumiu o controlo maioritário, e a Groundforce, vincando que esta "não é uma empresa com a mesma importância estratégica".
Sobre o tom do comunicado hoje emitido pelo presidente da Groundforce, Alfredo Casimiro, que acusa o ministro de "chantagem" e de "querer nacionalizar a empresa", Pedro Nuno Santos disse "dar o desconto" em virtude da "situação de desespero que a Groundforce atravessa".
Hoje, o presidente da administração da Groundforce acusou o ministro de ter tido uma resposta que "é insultuosa, uma chantagem e um ultimato inaceitável".
"Colocando-me sob chantagem, o senhor ministro sabe que não será a Groundforce a pagar o salário dos trabalhadores da empresa, e que terá de ser o Estado, eventualmente através de uma nacionalização, a pagar esta conta e todas as outras que certamente virão. É o que quer o senhor ministro Pedro Nuno Santos: nacionalizar a Groundforce e entregá-la daqui a uns tempos a outro privado. Estão a aproveitar-se da pandemia para fazer um roubo, tal como os que ocorreram a 11 de março de 1975", acusou ainda.