Notícia
300 trabalhadores da Groudforce no Porto sem salário marcam manifestação
Com o salário de fevereiro dos cerca de 2.400 trabalhadores ainda por pagar, três centenas de funcionários da empresa de “handling” no Porto decidiram, “de maneira espontânea”, marcar uma manifestação para a próxima terça-feira, no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.
Os cerca de 2.400 trabalhadores da Groudforce aguardam ainda pelo pagamento dos salários de fevereiro, enquanto o acionista maioritário da empresa de "handling" (assistência em terra) troca argumentos publicamente com o ministro das Infraestruturas (que tem a tutela do setor), Pedro Nuno Santos, em torno das condições que permitam viabilizar a liquidação dos ordenados na companhia.
"Estamos a falar de 2.400 famílias que não viram os seis salários referentes ao mês de fevereiro pagos, sendo que para algumas esta é a única fonte de rendimento, pois há vários casais que trabalham na empresa", alerta um dos funcionários da Grandforce no Porto.
"Desta feita e, para mostrar o seu descontentamento, cerca de 300 trabalhadores da escala do Porto resolveram, de maneira espontânea, marcar uma manifestação para as 10 horas da próxima terça-feira, junto à Torre de Controlo/ zona ViP do Aeroporto Francisco Sá Carneiro", revelou a mesma fonte ao Negócios.
Recorde-se que Alfredo Casimiro, acionista maioritário da Groundoforce, diz ter aceitado as condições impostas pelo Governo para desbloquear o impasse que se vive na empresa de gestão de bagagens e carga nos aeroportos nacionais.
Mas fonte oficial do gabinete do ministro Pedro Nuno Santos desmentiu aversão dos factos e diz que Alfredo Casimiro "colocou novas condições" para aceitar um entendimento, sem especificar quais, sendo que estas se encontram agora a ser analisadas.
Em cima da mesa está a proposta de a TAP disponibilizar à Groudforce 2,05 milhões de euros de adiantamento, para que sejam pagos os salários, e receber em troca uma penhora da participação da Pasogal, o maior acionista da empresa de "handling".