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Acionista da Groundforce diz ter aceitado condições do Governo. Ministério desmente

Alfredo Casimiro, líder da Pasogal, diz ter comunicado ao secretário de Estado Adjunto, Hugo Mendes, que aceita as condições impostas pelo Governo. Ministério das Infraestruturas desmente.

Sara Matos/Negócios
05 de Março de 2021 às 14:16
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Alfredo Casimiro, acionista maioritário da Groundoforce, diz ter aceitado as condições impostas pelo Governo para desbloquear o impasse que se vivia na empresa de 'handling' (assistência em terra), criando assim condições que permitem viabilizar o pagamento dos salários em atraso aos 2.400 trabalhadores.

Fonte oficial do Ministério das Infraestruturas, liderado por Pedro Nuno Santos, desmente esta versão dos factos e diz que Alfredo Casimiro "colocou novas condições" para aceitar um entendimento, sem especificar quais, sendo que estas se encontram agora a ser analisadas.

O líder da Pasogal, que detém 50,1% da Groundforce, diz ter comunicado a aceitação dos termos definidos pelo ministro da Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, numa reunião que manteve esta sexta-feira, 5 de março, com o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, Hugo Mendes. 

"Concordamos com todas as exigências que o ministro referiu ontem na conferência de imprensa", adiantou ao Negócios fonte da Pasogal. Alfredo Casimiro aguarda agora por uma resposta de Pedro Nuno Santos, o que deverá acontecer ainda hoje.

O Governo reitera que não foi isso que aconteceu, o que significa que uma solução para o problema da Grounforce ainda está longe de acontecer.

Em cima da mesa está a proposta de a TAP disponibilizar à Groudforce 2,05 milhões de euros de adiantamento, para que sejam pagos os salários, e receber em troca uma penhora da participação da Pasogal, o maior acionista da empresa de 'handling'.

Alfredo Casimiro considerou esta proposta "incompreensível" e até "ilegal"."A resposta que recebemos é para nós incompreensível, e temos razões fundamentadas para acreditar também ilegal: a entrega como garantia do penhor das ações de um acionista (Pasogal) a outro acionista (TAP)", referiu na terça-feira.

Já ontem disse ter oferecido a sua posição acionista como garantia de que a empresa vai pagar à TAP os adiantamentos necessários para pagar os salários em falta, e que Pedro Nuno Santos "propõe" a perda das ações - relativas a 50,1% do capital - na Groundforce "se o Estado se atrasar na concessão do aval", para um financiamento bancário.  

"A resposta que recebi do Senhor Ministro das Infraestruturas e da Habituação, Pedro Nuno Santos, à proposta que fiz para viabilizar a Groundforce é insultuosa, uma chantagem e um ultimato inaceitável", defendeu, em comunicado.

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