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Groundforce não pode dar ações à TAP em troca de adiantamento por já terem penhor
O maior acionista da Groundforce não pode dar como garantia as ações à TAP em troca de um adiantamento que lhe permitisse pagar os salários em atraso por estarem já dadas como penhor de outro empréstimo.
A Groundforce não pode dar as ações à TAP como penhor em troca do adiantamento de cerca de 2 milhões de euros para pagar os salários em atraso aos seus trabalhadores, já que essas ações estão já dadas como penhor de um outro empréstimo.
A informação de que essas ações estão já dadas como garantia de outro crédito foi adiantada aos representantes dos trabalhadores da Groundforce, sendo a razão invocada que impossibilitou o dono da Pasogal, Alfredo Casimiro, que tem 50,1% da empresa de handling, de assinar o acordo que iria permitir desbloquear a concessão desse adiantamento por serviços a prestar à TAP.
As reuniões que Alfredo Casimiro e o Governo mantiveram durante o fim de semana para desbloquear essa verba terminaram sem sucesso, ficando a viabilidade da empresa em causa.
O Ministério das Infraestruturas escusou-se a comentar.
Na semana passada foram várias as tentativas de encontrar uma solução para desbloquear dinheiro à Groundforce, que formalizou já um pedido de empréstimo com aval do Estado de 30 milhões de euros devido ao impacto da covid-19. A própria penhora já existente sobre as ações da Groundforce pode deitar por terra a concessão deste apoio.
A TAP, que detém 49,9% da Groundforce e é o seu maior cliente, exigiu a Alfredo Casimiro a penhora de ações para conceder o adiantamento, acabando por aceitar algumas das condições requeridas pelo empresário, como um escalonamento do pagamento diferente do que inicialmente pretendia e que o prazo para esses pagamentos ficaria também dependentes da concessão do empréstimo de 30 milhões.