Notícia
Novo dono da TAP vende 23,7% da Azul a chineses
David Neeleman vendeu 23,7% do capital da Azul - Linhas Aéreas Brasileiras ao grupo chinês HNA. Neeleman é um dos novos donos da TAP, através do consórcio Atlantic Gateway, que ficou com 61% da companhia portuguesa.
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A Azul, companhia criada por um dos novos donos da TAP, David Neeleman, vendeu 23,7% do seu capital ao grupo chinês HNA, por 450 milhões de dólares (424 milhões de euros). A notícia é avançada pelo jornal brasileiro Valor Económico.
Este grupo chinês tem actividade nos sectores industrial, financeiro, logístico e turístico. Em Junho deste ano David Neeleman já havia vendido 5% da Azul aos norte-americanos da United por 100 milhões de dólares (94 milhões de euros), para aprofundar as sinergias entre as duas companhias aéreas.
O negócio é confirmado pela HNA no seu site. Adam Tan, presidente do grupo chinês, refere que esta aquisição faz parte da política de expansão no sector da aviação, consumada através de "investimentos estratégicos em companhias com posições de mercado relevantes". "Estamos satisfeitos com esta associação à Azul, tendo em vista oferecer mais possibilidades de escolha às pessoas que viajam do e para o Brasil. Estamos ansiosos por trabalhar com o fundador da Azul, David Neeleman, e com a sua equipa", refere Adam Tan.
A maior accionista da HNA Aviação, com 48% do capital, é a Grand Air China, controlada de forma indirecta pelo groverno da província de Hainan.
Já David Neeleman, presidente executivo da Azul, considera que "o grupo HNA olhou para a Azul como um investimento sólido e com um grande potencial de investimento".
Em Setembro deste ano, um outro jornal brasileiro, O Povo, revelou que a Azul e HNA Aviação, pertencente a este grupo, tinham assinado um acordo de cooperação para operacionalizar uma rota entre a China e o Nordeste brasileiro, com escala em Lisboa.
O acordo estabelece um voo entre a China e Fortaleza, no Nordeste brasileiro, com escala em Lisboa. A operação deverá comerçar em 2016.
A publicação NewsAvia adiantou, na altura deste acordo, que a China é apontada como um destino prioritário para o desenvolvimento da rede de longo curso da TAP, o que "não significa que a companhia passe a voar para a Ásia com os seus aviões".