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Fernando Pinto: "Não acho que seja inevitável" pilotos desconvocarem greve

O presidente da TAP, que esteve reunido esta sexta-feira com o Presidente da República, diz que nenhuma das partes quer que haja uma greve dos trabalhadores da companhia aérea, mas no caso das diuturnidades considera que "difícil um acordo por questões legais".

Miguel Baltazar/Negócios
24 de Abril de 2015 às 17:21
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"Continuamos a trabalhar para" que a greve dos pilotos, convocada para o período entre 1 e 10 de Maio, não ocorra. "Temos feito reuniões com pilotos para os informar de uma série de itens, de dados da empresa para que os pilotos tenham consciência completa da empresa", de forma a poderem "tomar decisões" de forma consciente.

 

"Acho que há de todos os lados uma preocupação com o bem da empresa e, principalmente, preocupação com os passageiros", salientou Fernando Pinto à saída do encontro com o Presidente da República, no âmbito do aniversário da companhia aérea.

 

O presidente da TAP realçou que os encontros com os pilotos e as reuniões com os sindicatos têm decorrido num "ambiente muito interessante, muito democrático."

 

E, apesar de considerar que é possível evitar a greve, deixa claro que, do lado da empresa, pouco poderá ser feito. "Não acho que seja inevitável" que a greve ocorra. "A impressão que tenho, e é uma opinião pessoal, é de que ambos os lados querem que não aconteça a greve. O objectivo não é fazer a greve", salientou.

 

Contudo, o que é exigido pelos pilotos, do lado da empresa, é que lhe sejam devolvidas as diuturnidades que foram suspensas nos últimos cinco anos. Neste caso "existe uma limitação legal", afirmou.

 

As diuturnidades dos últimos cinco anos foram suspensas através do Orçamento do Estado, no âmbito dos cortes decididos pelo Governo no domínio das empresas públicas. Os pilotos exigem agora que esses montantes lhes sejam agora devolvidos.

 

"Acho difícil um acordo por questões legais. Não podemos atender ao pedido de diuturnidades porque não seria legalmente suportável. Não o podemos fazer", salientou.

 

Quanto ao impacto financeiro da greve, Fernando Pinto não quantificou, afirmando apenas que "temos prejuízo desde o momento em que foi anunciada a greve. É sempre assim. E será sempre assim."

 

E questionado sobre a diferença de valores, defendidos por sindicatos e Governo, o presidente da TAP disse apenas que: "Se 30 milhões não é importante… Acho que 30 ou 70 milhões são valores de extrema importância para a empresa. Não podemos olhar só para valores. Temos de olhar para a prestação de serviço ao cliente."

"Temos que, o mais rapidamente possível, ultrapassar isto, para o bem de todos: cliente, empresa, trabalhadores, pilotos… Tem de ser muito rápido", concluiu.

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