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Easyjet revê lucros após subsidiária europeia levantar voo
A transportadora espera lucros antes de impostos entre 428 e 473 milhões de euros. O primeiro avião de subsidiária europeia, registada na Áustria, voou já na manhã desta quinta-feira entre Londres e Viena.
A companhia aérea Easyjet reviu em alta esta quinta-feira, 20 de Julho, as suas expectativas para o ano fiscal de 2017. A transportadora "low cost" espera um lucro antes de impostos entre os 380 e os 420 milhões de libras (428 a 473 milhões de euros).
O valor fica acima dos 375 milhões de libras previstos pelos analistas mas, lembra a agência Bloomberg, ainda abaixo dos 495 milhões de libras do último ano.
No último trimestre, terminado em Junho, a companhia aumentou o número de passageiros em 10,8% para os 22,3 milhões, acompanhando um reforço no número de lugares disponíveis. A taxa de ocupação fixou-se nos 93,1%.
À boleia da redução dos custos dos combustíveis, as receitas subiram 16% para os 1.387 milhões de libras.
A Easyjet anunciou também que já recebeu a aprovação do Certificado de Operador Aéreo (COA) e a licença de operação de companhia área na Áustria, pondo fim a um processo onde Portugal chegou a ser candidato.
O primeiro avião da subsidiária europeia, Easyjet Europe, já voou na manhã desta quinta-feira entre Londres e Viena. É na capital austríaca que serão registados mais de uma centena de aeronaves.
Com o certificado de operador comunitário, a Easyjet ultrapassa limitações que poderão resultar da saída do Reino Unido da União Europeia, passo conhecido como Brexit, e cria condições para manter a operação existente. Ainda assim, a companhia insiste num acordo aéreo entre os dois territórios.
"O COA europeu já foi atribuído e o primeiro voo de uma aeronave da easyJet Europe acontece hoje. Isto significa que os direitos de tráfego na Europa estarão acautelados após a saída do Reino Unido da EU", posicionou a CEO Carolyn McCall. McCall abandonará a Easyjet no final do ano para liderar a televisão britânica ITV.
A liderança da Easyjet Europe, enquanto director-geral, caberá a Thomas Haagensen, actual responsável para Alemanha, Áustria e Suíça.