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Atlantic Gateway pede estabilidade para a TAP

O maior accionista privado da TAP aplaude as escolhas do Governo para a administração da companhia aérea. Depois da polémica dos últimos dias, Humberto Pedrosa e David Neelman pedem "estabilidade" e "um conselho de administração coeso".

David Neeleman com Humberto Pedrosa
Sara Matos/Negócios
14 de Junho de 2017 às 11:10
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"Estamos certos de que este novo conselho de administração, que será eleito no dia 30 de Junho, terá as competências necessárias e estará à altura dos desafios que terá pela frente, dada a experiência empresarial e complementaridade dos seus membros", afirma a Atlantic Gateway num comunicado emitido esta quarta-feira, assinalando a confiança nos nomes escolhidos pelo Governo, que têm suscitado críticas dos partidos, à esquerda e à direita.

A escolha do advogado Diogo Lacerda Machado, que esteve envolvido nas negociações para a alteração do modelo de privatização, foi a mais polémica. Além do amigo do primeiro-ministro, o Governo nomeou ainda Miguel Frasquilho, que ficará como "chairman", Esmeralda Dourado, Bernardo Trindade, Ana Pinho Macedo Silva e António Gomes de Menezes.

Logo no sábado à noite, em Viseu, o líder do PSD e antigo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou ser "uma pouca-vergonha" o Governo nomear para a administração da TAP Diogo Lacerda Machado, que foi "o mesmo homem que andou a negociar a reversão" da privatização da transportadora. Também o PCP e o Bloco de Esquerda criticaram as nomeações. 

O principal visado, Lacerda Machado, defendeu-se afirmando não ter vergonha, mas sim "um imenso orgulho" por ter ajudado a que o Estado recuperasse uma participação de 50% do capital da TAP. O PS e o Governo também saíram em sua defesa. Na entrevista publicada hoje no Negócios, Fernando Pinto, o presidente-executivo da companhia também defende a competência do advogado para o cargo.

"TAP precisa de estabilidade"

Humberto Pedrosa e David Neelman, que assinam o comunicado, deixam um apelo para que não exista demasiado ruído à volta da companhia aérea. "A TAP precisa de estabilidade e de um conselho de administração coeso que apoie esta estratégia de crescimento e sustentabilidade que temos vindo a conseguir", afirmam.

A missiva salienta que "a Atlantic Gateway continuará a nomear a gestão executiva da TAP que é hoje uma empresa privatizada e privada e pretende manter o ritmo de transformação da empresa que está em curso, única forma a garantir a sua sustentabilidade e crescimento". E garante que o accionista "tem estado a executar com sucesso o plano de 'turnaround' da TAP desde a conclusão da privatização".

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