A corrida pelo mercado de banda larga no Brasil está ao rubro. A Telefónica pode vir a aumentar a sua proposta pela brasileira GVT. A administração da operadora de telecomunicações espanhola vai reunir-se em breve para discutir se vai aumentar a sua oferta pela GVT.

Desta forma, a oferta anterior de 6,7 mil milhões de euros pode vir a subir para os 8 mil milhões de euros, avança a Bloomberg que cita uma fonte ligada ao processo.

No entanto, a mesma fonte adianta que ainda não foi tomada nenhuma decisão definitiva e que a administração da Telefónica pode acabar por manter a actual oferta.

A reunião da cúpula da Telefónica acontece também num momento crucial.

Primeiro, porque a administração da francesa Vivendi, empresa que detém a GVT, vai ter lugar no dia 28 de Agosto. Assim, a operadora liderada por César Alierta pode vir a apresentar a oferta antes da reunião da Vivendi.

A oferta da Telefónica pode mesmo vir a ser apresentada ainda esta terça-feira, 26 de Agosto, segundo a imprensa italiana. César Alierta, CEO da Telefónica (na foto), vai reunir-se hoje com Vincent Bollore, CEO da Vivendi, para apresentar a oferta melhorada, avança o jornal IL Sole 24 Ore.

Segundo, porque a Telecom Italia prepara-se para formalizar a sua oferta

de sete mil milhões de euros, com o objectivo de fundir a GVT com a sua participada Tim Brasil.

Além da oferta de dinheiro, a Telecom Italia propõe ainda uma participação de 20% da GVT à Vivendi. A administração da operadora reúne-se na quarta-feira, 27 de Agosto, para decidir sobre a proposta. O líder da Vivendi disse durante este fim-de-semana que está a estudar com atenção a proposta da italiana.

A GVT está a ser cobiçada pelas duas operadoras europeias pela banda larga da sua rede de fibra óptica. Neste momento, a Telefónica está na terceiro lugar pela corrida pela banda larga no Brasil.

A liderança é da Oi, liderada por Zeinal Bava, seguida da Net, que pertence à mexicana América Móvil de Carlos Slim, segundo a revista brasileira Época Negócios.

A GVT surge na quarta posição a seguir à Telefónica, que detém a operadora Vivo. A acontecer, a compra da GVT vai fazer com que a operadora espanhola ganhe quota de mercado aos seus rivais na banda larga.

Com o objectivo de encaixar dinheiro e de concentrar-se no negócios de média, a Vivendi está a desfazer-se dos seus negócios de telecomunicações. Este ano já vendeu a francesa SFR, assim como a marroquina Maroc Tel.

A GVT foi fundada no ano 2000 no Sul do Brasil pelo empresário israelita Amos Genish. O grupo francês Vivendi adquiriu a GVT no final de 2009.

A Telefónica está a valorizar 0,15% para os 12,045 euros na bolsa de Madrid. Já a Telecom Italia perde 0,05% para os 0,837 euros.