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PT SGPS regista prejuízos de 289 milhões de euros em 2014

A PT SGPS registou prejuízos de 289,2 milhões de euros no ano passado devido à desvalorização das acções da Oi e aos resultados negativos da operadora brasileira, da qual detém 27,5%.

Miguel Baltazar/Negócios
30 de Abril de 2015 às 21:22
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A PT SGPS fechou 2014 com perdas de 289,3 milhões de euros, justificadas pela desvalorização das acções da Oi e pela participação da empresa nos resultados negativos da operadora brasileira.

 

De acordo com o comunicado enviado esta quinta-feira, 30 de Abril, ao regulador do mercado (CMVM) em 2014 as perdas em activos financeiros incluíram 362 milhões de euros relacionados com a desvalorização das acções da Oi entre 8 de Setembro de 31 de Dezembro de 2014. Recorde-se que actualmente os activos da PT SGPS passam pela participação de 27,5% (directa e indirecta) na Oi e os títulos da dívida de 700 milhões da Rioforte.

 

A estas perdas acrescem 346 milhões de euros derivados da participação da PT nos resultados negativos da Oi (1,3 mil milhões de euros). Como explica a empresa liderada por João Mello Franco, de acordo com o método de equivalência patrimonial, a PT SGPS é obrigada a incorporar os resultados negativos da Oi no seu balanço anual.

 

"O ano de 2014 é atípico", relembra o presidente da PT SGPS. "Com a passagem das operações para a Oi, a 5 de Maio, a empresa ficou diferente. A apresentação de resultados é completamente diferente e não é comparável com o ano de 2013", sublinhou João Mello Franco.

 

"Se não tivesse havido a questão da Rioforte [que levou a perdas de quase 900 milhões de euros], tínhamos tido ganhos de 700 milhões de euros em vez de perdas de quase 300 milhões", acrescenta. Isto tendo em conta a subtracção dos 362 milhões de euros da desvalorização das acções da Oi, os 346 milhões dos resultados negativos da Oi bem como dos 208 milhões relativos a prejuízos fiscais a PT SGPS.

 

O EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) foi negativo em 26,6 milhões de euros enquanto os custos com pessoal também ficaram em terreno negativo (-5,8 milhões). Esta rubrica já não inclui a provisão de 15,3 milhões de euros relativa a remunerações variáveis como os bónus exigidos por Zeinal Bava, Henrique Granadeiro ou Luís Pacheco de Melo (ex-administrador financeiro da PT).

 

Empresa não paga dividendos

 

A PT SGPS não vai distribuir dividendos aos seus accionistas relativos ao exercício de 2014, ao contrário do que tinha sido prometido pela anterior gestão.

 

A empresa tinha um plano de distribuição de dividendos no valor de 10 cêntimos para 2014 e 2015. Porém, devido aos prejuízos de 289,2 milhões de euros registados em 2014, este ano os accionistas da empresa que tem como activos a participação de 27,5% (directa e indirecta) na Oi e os títulos da dívida de 900 milhões da Rioforte não vão ter remuneração.

 

O presidente da PT SGPS, garante, contudo, que quando a empresa voltar a ter lucros retomam a política de distribuição de dividendos.

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