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Presidente da Vodafone Portugal admite avaliar compra da Cabovisão
A avaliação da compra da Cabovisão, detida pela Altice, não é uma hipótese excluída pelo presidente executivo da Vodafone Portugal. A análise dependerá das condições exigidas, adiantou Mário Vaz.
O presidente da Vodafone Portugal, Mário Vaz, admite avaliar a aquisição da Cabovisão, detida pela francesa Altice. "Não está excluída [a compra da Cabovisão] do ponto de vista de avaliação. Mas não deixarmos de olhar não significa que a decisão esteja tomada", sublinhou esta terça-feira, 10 de Março, o gestor durante um encontro com jornalistas.
A venda da Cabovisão poderá ser um dos remédios exigidos pelo regulador da concorrência no seguimento da compra da PT Portugal pela Altice.
Como o grupo francês também detém a Cabovisão e a Oni, a empresa ficaria com quotas de mercado elevadas em alguns segmentos do mercado, "o que pode vir a alterar o mercado do ponto de vista concorrencial", disse Mário Vaz, quando questionado sobre a maior preocupação relativa a esta operação.
O gestor adiantou ainda que a Vodafone e os outros operadores estão a ser ouvidos pelos reguladores nesse sentido. "Todos os operadores estão a ser inquiridos sobre o mercado em geral" e "como encaramos as consequências do negócio".
O crescimento traçado pela Vodafone para 2016, de 1,6 milhões para 2,1 milhões de casas com fibra óptica, será orgânico e não tem como base da sua elaboração a aquisição da Cabovisão, disse Mário Vaz. "Até porque a Cabovisão tem uma quota inferior a 6%" no serviço de televisão. Os números consolidados poderiam ajudar a alcançar a meta, mas "não há nenhuma decisão tomada", reiterou o presidente executivo da PT Portugal.
Mário vaz sublinhou ainda que a avaliação do negócio vai depender de várias condições como o preço.
O gestor rejeita a hipótese da actual situação de instabilidade accionista da PT Portugal ter beneficiado a angariação de clientes por parte da Vodafone. "Acho que isso não aconteceu por uma razão: é um benefício para os concorrentes se efectuar menos investimento. O que não aconteceu. A máquina [da dona do Meo] continuou a funcionar", explicou.