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Pharol vai fazer “os maiores esforços” para manter posição na Oi o mais elevada possível

Palha da Silva defende que o novo plano de recuperação da Oi “é muito positivo” e garante que a Pharol vai “realizar os maiores esforços” para manter a sua participação na operadora o mais elevada possível.

Luís Palha da Silva, presidente da Pharol, diz esperar que não seja demorada a entrada dos processos em tribunal.
Pedro Elias/Negócios
12 de Outubro de 2017 às 19:12
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O presidente executivo da Pharol, Luís Palha da Silva, considera que o novo plano de recuperação judicial da Oi é "equilibrado e atento a todos os interesses em jogo". Em entrevista por escrito à Reuters, revelou ainda que a Pharol "não se opõe aos níveis de diluição muito exigentes da sua participação previstos no novo plano".

"A Pharol estudará todos os cenários e admite vir a realizar os maiores esforços para manter a sua participação no mais alto percentual possível", adiantou Palha da Silva.

O CEO da Pharol, que detém 27% da operadora, referiu que vê a nova versão apresentada na quarta-feira apela operadora como "muito positiva para a própria Oi, por encerrar um capítulo de alguma indefinição nos temas de discussão na próxima assembleia geral de credores e por ser o culminar de enormes esforços realizados pela direcção da empresa para compatibilizar os interesses de todos os seus "stakeholders".

"Nesse sentido", continuou, "podendo embora haver críticas de todos os quadrantes, como é natural quando se pede sacrifícios de todos, parece um plano equilibrado e atento a todos os interesses em jogo".

"A Pharol está ciente de que num processo como este, de reestruturação judicial, há que exigir sacrifícios de todos "stakeholders" e, em particular, dos seus accionistas. Assim, não se opõe aos níveis de diluição muito exigentes da sua participação previstos no novo plano apresentados pelo conselho de administração da Oi", garantiu Palha da Silva.

O novo plano, entregue na quarta-feira à justiça brasileira, inclui um aumento de capital no valor total de 9 mil milhões de reais e prevê uma participação menor no capital da Oi dos detentores de dívida da operadora.

O objectivo do plano é reduzir o montante da dívida no valor de 65,4 mil milhões de reais (17,4 mil milhões de euros), através de um aumento de capital de nove mil milhões de reais (2,4 mil milhões de euros), parte do qual através da conversão de dívida.

Destes 9 mil milhões de reais, cerca de seis mil milhões de reais (1,6 mil milhões de euros) serão garantidos através de injecção de capital, sendo que 3,5 mil milhões de reais terão origem nos detentores de dívida e 2,5 mil milhões de reais através dos accionistas. O restante montante (três mil milhões de reais), será através da conversão de títulos da empresa em acções.

 

"A Pharol crê que, uma vez aprovado o plano de reestruturação judicial, a Oi estará particularmente preparada para participar activamente em eventuais processos de M&A. E não só como alvo, como a pergunta sugere", concluiu Luís Palha da Silva.

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