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Pharol leva bolsa nacional para máximos de dois anos

O PSI-20 acumula já uma subida de quase 17% este ano e está a aproximar-se da barreira dos 5.500 pontos. A Pharol e a Teixeira Duarte foram as estrelas da sessão.

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12 de Outubro de 2017 às 16:45
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A bolsa nacional fechou em terreno positivo, contrariando a tendência de quedas ligeiras das principais praças europeias, numa altura em que os investidores procuram mais pistas para perceber a direcção dos juros nos Estados Unidos.

 

O PSI-20 avançou 0,33% para 5.457,15 pontos, com 12 cotadas em alta e seis em queda. O índice português conseguiu assim atingir um novo máximo de Novembro de 2015 e no acumulado do ano marca já uma valorização de 16,6%, um dos melhores desempenhos a nível europeu.

O Stoxx 600 sobe 0,05% e os índices norte-americanos também negoceiam com fracas oscilações, com os investidores a aguardarem pela divulgação dos dados da inflação de Setembro nos EUA (amanhã às 13:30 de Lisboa) para perceber se a Fed tem caminho livre para subir os juros em Dezembro, ou pelo contrário o relatório irá reforçar os receios com o baixo nível da inflação na maior economia do mundo. As actas da última reunião da Fed, divulgadas ontem após o fecho das praças europeias, mostram que vários responsáveis do banco central alertaram contra os efeitos da subida de juros em Dezembro na inflação.

 

Em Lisboa a Pharol destacou-se com uma subida de 13,88% para 0,476 euros. As acções atingiram máximos de Junho de 2015 e registaram a valorização diária mais pronunciada deste 2 de Maio deste ano, devido à apresentação do novo plano de recuperação judicial da Oi, empresa onde a Pharol detém mais de 20% do capital. O objectivo passa por reduzir o montante da dívida, de 65,4 mil milhões de reais (17,4 mil milhões de euros), através de um aumento de capital, de nove mil milhões de reais (2,4 mil milhões de euros).

 

O sector da pasta e papel também continua imparável na praça portuguesa, tendo na sessão de hoje renovado máximos. A Altri avançou 3,04% para 5,426 euros, tendo fixado um novo máximo histórico, sendo que a Navigator valorizou 1,63% para 4,372 euros, um máximo desde 2015. A Semapa, que controla a ex-Portucel, ganhou 3,07% para 17,305 euros.

 

Este desempenho "deve-se à subida do preço da pasta de papel, cujo preço galopou extraordinariamente. Desde Março, o preço da pasta (que é ditado pelos grandes produtores da América do Sul) subiu 40%", explica Rui Bárbara. E, frisa o gestor de activos do Banco Carregosa, "a subida de preço pode ser explicada pela maior procura da China mas também pelo adiamento da construção de novas fábricas de produção de pasta".

 

As cotadas do sector energético foram as que mais pressionaram os índices europeus, já que o petróleo está a perder terreno, com o Brent em Londres a cair 1,55% para 56,06 dólares. Em Lisboa a Galp Energia passou ao lado da tendência, com as acções da petrolífera a fecharem a sessão com uma subida de 0,6% para 15,195 euros. A EDP valorizou 0,78% para 3,117 euros.

 

Na banca o BCP cedeu 0,12% para 24,62 cêntimos, corrigindo parte do forte ganho da véspera. O BPI iniciou a cobertura das acções do banco liderado por Nuno Amado com um preço-alvo de 33 cêntimos.

 

Fora do PSI-20 destacou-se a Teixeira Duarte, que ganhou 10,16% para 33,6 cêntimos, depois de ter anunciado que ganhou uma obra de 137 milhões de euros na Argélia.

 

(Notícia actualizada às 17:06 com mais informação)

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