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Votação do plano de recuperação da Oi adiada para Novembro

A reunião de credores para a votação do plano de recuperação da operadora brasileira Oi, onde a portuguesa Pharol SGP, antiga Portugal Telecom, é a maior accionista, inicialmente marcada para 23 de Outubro, foi adiada para Novembro.

Inicialmente marcada para a próxima segunda-feira, a assembleia de credores para votação do plano de recuperação da Oi foi adiada para Novembro. Reuters
21 de Outubro de 2017 às 13:48
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Já não será na próxima segunda-feira, 23 de Outubro, que será votada o plano de recuperação da Oi, onde a portuguesa Pharol SGP, antiga Portugal Telecom, é a maior accionista. A assembleia-geral dos detentores dos créditos da operadora brasileira foi adiada para Novembro, informou a empresa num comunicado enviado ao mercado.

 

"Determinados credores solicitaram ao Juízo da 7.ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro [perante o qual tramita o processo de recuperação judicial da empresa] o adiamento da assembleia-geral de credores para que seja realizada no dia 6 de Novembro, numa primeira convocação, e, na segundo convocação a 27 de Novembro, o que foi deferido pelo Juízo", destacou a Oi.

 

A Oi reforça ainda que, "durante todo o processo de recuperação judicial, a direcção da companhia está aberta às negociações e empenhada em viabilizar uma solução que contemple as demandas de todos os envolvidos e, principalmente, garanta a sustentabilidade da empresa, a médio e longo prazos", completou a empresa.

 

O pedido de adiamento foi feito por um grupo de "bondholders" (detentores de títulos de dívida emitidos fora do Brasil) e grandes bancos que controlam a maior parte das dívidas da empresa.

 

Na decisão, o juiz Fernando Vianna, que analisou o caso, afirmou que os credores alegaram ser prematura a realização da Assembleia e afirmaram que ainda pretendem evoluir nas negociações para construção de alternativas viáveis para a empresa.

 

"Considerando o pedido formulado por credores extremamente relevantes desta recuperação, entre os quais bancos públicos, instituições financeiras privadas e expressivos fundos detentores de 'bonds' [títulos de dívida emitidos no exterior], que, aliás, são os que mais peticionam nos autos e participam do processo de recuperação e que detêm parte expressiva do crédito junto ao Grupo Oi, não vejo como não autorizar o adiamento", reforçou o juiz, na decisão.

 

O magistrado acrescentou que, "se as negociações com os principais credores estão em efectivo andamento, sendo necessário mais alguns dias para o amadurecimento e conclusão das conversas entabuladas, é oportuno desmarcar a assembleia geral (...).

 

Na tarde de ontem, a Oi também já havia informado que fechou 25 mil acordos com os seus credores em negociações que correspondem a uma soma de mais de 410 milhões de reais (108,9 milhões de euros).

 

A operadora encerrou este programa de negociação referente à recuperação judicial para credores com crédito de até 50 mil reais na última quinta-feira.

 

Dos cerca de 55 mil credores que fazem parte do plano de recuperação judicial da empresa, 53 mil tinham créditos nesta faixa para receber.

 

Segundo a operadora, cerca de 33 mil credores cadastraram-se na plataforma electrónica para receber os créditos que têm junto da operadora.

 

A Oi, na qual a portuguesa Pharol é accionista de referência, com 27% das acções, esteve num processo de fusão com a Portugal Telecom, que nunca se concretizou.

 

A empresa entrou com um pedido de recuperação judicial em Junho do ano passado, por não conseguir negociar as suas dívidas, que na época somavam 65 mil milhões de reais (17,3 mil milhões de euros).

 

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