Notícia
Orange em negociações com Bouygues para juntarem operações de telecomunicações
O ano arranca com uma fusão no mercado de telecomunicações em perspectiva. A Orange e a Bouygues estão em negociações para juntar forças.
"A Orange confirma ter renovado negociações preliminares com o grupo Bouygues com vista à consolidação com a Bouygues Telecom". É assim, num curto comunicado, que o operador móvel confirma o que nos jornais franceses já vinha sendo falado: a Orange a Bouygues estão em negociações para uma possível fusão.
No entanto, a Orange acrescenta que essas negociações não estão determinadas por qualquer calendário particular nem encerra qualquer compromisso final. "O grupo está a explorar as oportunidades disponíveis no mercado francês de telecomunicações, tendo em mente a sua posição e os interesses dos accionistas, trabalhadores e clientes, estando particularmente atenta ao valor criado no resultado final".
No entanto, a Orange acrescenta que essas negociações não estão determinadas por qualquer calendário particular nem encerra qualquer compromisso final. "O grupo está a explorar as oportunidades disponíveis no mercado francês de telecomunicações, tendo em mente a sua posição e os interesses dos accionistas, trabalhadores e clientes, estando particularmente atenta ao valor criado no resultado final".
A Bouygues acrescenta em comunicado que um acordo de confidencialidade foi assinado esta terça-feira, 5 de Janeiro. De acordo com esta empresa, o seu braço para as telecomunicações voltou ao crescimento devido ao plano de transformação e, como tal, a Bouygues diz acreditar que a sua actividade ligada a este sector "pode criar valor no futuro num mercado de rápida expansão de serviços de banda larga móvel e fixa", estando, também, "interessada em oportunidades que permitam reforçar a sua presença de longo prazo no sector". É neste âmbito que as negociações com a Orange se enquadram. Esta companhia diz, também, que não há qualquer acordo final à vista.
Apesar disso este é um acordo que já vinha sendo noticiado pelos jornais franceses que, aliás, já avançaram que o grupo Bouygues terá dois lugares no conselho de administração da Orange: um para Martin Bouygues e outro para Olivier Roussat, que é o actual presidente da filial das telecomunicações. Os jornais franceses avançam ainda que o acordo à partida poderá valorizar a Bouygues Telecom em 10 mil milhões de euros. E a Bouygues ficaria como segundo maior accionista da Orange com uma posição de cerca de 15%. O Estado manteria a principal posição, mas desceria a sua presença para cerca de 19%.
Uma união das duas operadoras terá de passar pelo crivo apertado das entidades da Concorrência em França e em Bruxelas, já que levará à diminuição do número de operadores móveis de quatro para três, o que pode não ser bem visto pelo governo francês. Aliás, no mesmo sentido ia a proposta de Patrick Drahi, dono da Altice, que no ano passado fez uma oferta para juntar a SFR à Bouygues, operação rejeitada por Martin Bouygues que também não quis juntar esforços à Free, de Xavier Niel. A Orange, no entanto, tem como principal accionista o Estado francês.As duas operações juntas resultariam numa empresa com cerca de 50% do mercado, ou mais, em alguns segmentos do mercado.
Emmanuel Macron, ministro da Economia francês, já foi dizendo, em anteriores movimentos, que iria estar muito atento ao emprego e aos investimentos neste processo de consolidação das telecomunicações.
Apesar disso este é um acordo que já vinha sendo noticiado pelos jornais franceses que, aliás, já avançaram que o grupo Bouygues terá dois lugares no conselho de administração da Orange: um para Martin Bouygues e outro para Olivier Roussat, que é o actual presidente da filial das telecomunicações. Os jornais franceses avançam ainda que o acordo à partida poderá valorizar a Bouygues Telecom em 10 mil milhões de euros. E a Bouygues ficaria como segundo maior accionista da Orange com uma posição de cerca de 15%. O Estado manteria a principal posição, mas desceria a sua presença para cerca de 19%.
Uma união das duas operadoras terá de passar pelo crivo apertado das entidades da Concorrência em França e em Bruxelas, já que levará à diminuição do número de operadores móveis de quatro para três, o que pode não ser bem visto pelo governo francês. Aliás, no mesmo sentido ia a proposta de Patrick Drahi, dono da Altice, que no ano passado fez uma oferta para juntar a SFR à Bouygues, operação rejeitada por Martin Bouygues que também não quis juntar esforços à Free, de Xavier Niel. A Orange, no entanto, tem como principal accionista o Estado francês.As duas operações juntas resultariam numa empresa com cerca de 50% do mercado, ou mais, em alguns segmentos do mercado.
Emmanuel Macron, ministro da Economia francês, já foi dizendo, em anteriores movimentos, que iria estar muito atento ao emprego e aos investimentos neste processo de consolidação das telecomunicações.