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Oi acusa Pharol de "atender apenas a um grupo específico de accionistas"

A Oi volta ao ataque à Pharol, a propósito, agora, do pedido de indemnização que entrou na Justiça de dois mil milhões de euros. Caracteriza-a de indemnização fictícia e diz que a Pharol actua apenas em função de alguns accionistas.

Reuters
20 de Novembro de 2018 às 15:07
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Num extenso comunicado, a Oi revela ter escrito à administração da Pharol criticando a sua postura e em particular nas acções que tem entrado na justiça contra a operadora brasileira.

Nessa carta, segundo revela a Oi, a Pharol é acusada de ter "uma postura litigiosa", que, no entender da Oi, "atende apenas a um grupo específico de accionistas da Pharol". E que, acrescenta, "além de causar prejuízos financeiros à própria Pharol com gastos desnecessários para cobrir despesas judiciais, atenta contra o seu principal activo, a Oi, que fica com seu negócio prejudicado em virtude das desinformações geradas no mercado pelas iniciativas da empresa portuguesa". A Pharol interpôs uma acção em tribunal, requerendo uma indemnização de dois mil milhões de euros, considerando que a Oi enganou os accionistas da ex-PT, levando-os a aprovarem não apenas a entrega da PT Portugal à Oi, como conseguiu que a PT ficasse com um acordo menos vantajoso na combinação de negócios acertada em 2013. 

A Oi não se fica por aqui. Em comunicado acusa a Pharol de ser incoerente, já que ao mesmo tempo que pede uma indemnização à Oi, pede também aos seus accionistas que aprovem um aumento de capital para ir à injecção de recursos na Oi. 

AO Negócios, a Pharol especificou que a decisão de ocorrer ao capital da Oi ainda não está tomada.

Para a Oi, os argumentos da acção não têm qualquer substância legal, "tratando-se da repetição do 'modus operandi' desse grupo de accionistas da Pharol, que já tentou, sem êxito, outras iniciativas no Brasil, Portugal, Holanda e Estados Unidos". E elenca uma série de acções que a Pharol interpôs contra a Oi. "A Pharol já protocolou diversas acções/recursos na Justiça no Brasil e em Portugal, todas elas indeferidas pelo juízo da Recuperação Judicial e confirmadas pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro ou pela justiça Portuguesa", salienta a Oi, acrescentando que "em todas as frentes abertas, todas as jurisdições reconheceram a legitimidade da Recuperação Judicial brasileira e os seus efeitos transnacionais como a melhor forma de reestruturação da dívida global da Oi".
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